Indice de preços ao produtor sobe 0,41% em dezembro e avança 19,4% em 2020

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São Paulo- O Indice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a evolução dos preços de produtos “na porta de fábrica” – sem impostos nem fretes – desacelerou fortemente em dezembro, para +0,41%, ante alta de 1,38% (em dado revisado) em novembro. Com isso, o IPP fechou 2020 com crescimento de 19,40%, na maior alta da série histórica, iniciada em 2014. Os dados foram divulgados pelo IBGE.

Em base mensal, 17 das 24 atividades industriais pesquisadas apresentaram variações positivas de preços. Segundo o IBGE, o resultado de dezembro de 2020 foi pressionado pelos seguintes setores: refino de petróleo e produtos de álcool (+5,41%); outros equipamentos de transporte (-3,01%); borracha e plástico (+2,75%) e fumo (-2,38%).

Em termos de influência no resultado mensal, em ponto percentual (pp), refino de petróleo e produtos de álcool teve impacto de 0,43 pp, seguido por alimentos (-0,31 pp) , metalurgia (+0,11 pp) e borracha e plástico (+0,10 pp).

Já em relação às grandes categorias econômicas no mês passado, ainda em relação ao mês anterior, bens de capital recuaram 1,15%, representando -0,09 pp do resultado geral da indústria; já bens intermediários avançaram 0,50% (+0,28 pp) e bens de consumo tiveram alta de 0,58% (+0,21 pp), sendo +1,08% (+0,07 pp) para bens de consumo duráveis e +0,48% (+0,15 pp) para bens de consumo semiduráveis e não duráveis. No acumulado do ano, as maiores variações positivas vieram das indústrias extrativas (+45,35%), metalurgia (+34,36%), madeira (+32,71%) e alimentos (+30,23%).

Em termos de influência, alimentos puxaram com avanço de 7,11 pp, seguido pelas indústrias extrativas (+2,04 pp); metalurgia (+2,00 pp) e outros produtos químicos (+1,83 pp).

As grandes categorias econômicas fecharam 2020 com avanço de 16,10% em bens de capital (+1,20 pp do resultado geral da indústria); bens intermediários dispararam 24,41% (+13,05 pp) e bens de consumo tiveram alta de 13,18% (+5,15 pp), sendo +11,57% (+0,77 pp) para bens de consumo duráveis e +13,51% (+4,38 pp) para bens de consumo semiduráveis e não duráveis.