Produção industrial brasileira cai mais do que o esperado em julho

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Foto: Yury Kim / Pexels

São Paulo – A produção industrial brasileira retraiu-se 1,3% em julho em relação a junho, depois de ter permanecido estável no mês anterior na mesma base de comparação. O resultado veio abaixo da previsão de queda de 0,78%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.
Já na comparação anual, a produção industrial brasileira registrou o décimo-primeiro mês consecutivo de alta, avançando 1,20%. O resultado, entretanto, também ficou abaixo da mediana das expectativas, de +1,80%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula altas de 7,0% em 12 meses até julho e de 11,0% nos primeiros sete meses deste ano.
A abertura do dado mensal mostra que houve retração em 19 das 26 atividades e duas das quatro grandes categorias pesquisadas.
Entre as atividades pesquisadas, as principais influências negativas mais importantes vieram de bebidas (-10,2%), interrompendo três meses de alta, e produtos alimentícios (-1,8%), em sua segunda queda mensal seguida.
Ainda entre as influências negativas, destacaram-se as atividades de veículos automotores, reboques e carrocerias (-2,8%), máquinas e equipamentos (-4,0%),  outros equipamentos de transporte (-15,6%) e indústrias extrativas (-1,2%).
Já o principal impacto positivo adveio da produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+2,8%), que avançou pelo terceiro mês consecutivo.
Entre as grandes categorias econômicas pesquisadas, ainda em relação a junho, o setor de bens de consumo duráveis (-2,7%) registrou a taxa negativa mais acentuada em julho, recuando pelo sétimo mês seguido. O segmento de bens intermediários (-0,6%) registrou o quarto mês consecutivo de queda.
Já os setores de bens de capital (+0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (+0,2%) registraram avanços discretos no período.
No confronto com igual mês do ano anterior, a produção industrial cresceu 1,2% em julho. Na comparação anual, o setor industrial registrou resultados positivos em duas as quatro grandes categorias econômicas e em 14 dos 26 ramos pesquisados. O IBGE observa que julho de 2021 teve um dia útil a menos que o mesmo mês do ano anterior, totalizando 22 dias.
Entre as atividades, veículos automotores, reboques e carrocerias (+21,2%), máquinas e equipamentos (+26,2%) e metalurgia (+24,8%) exerceram as maiores influências positivas. Na outra ponta, destaque para a queda em produtos alimentícios (-10,3%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas, a maior alta anual ocorreu na produção de bens de capital (+33,1%). A produção dos bens intermediários também cresceu 0,2%. As taxas negativas ficaram por conta de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,9%) e bens de consumo duráveis (-10,3%).