Produção de aço bruto cai 5,4% em junho, para 2,902 milhões de toneladas, diz IABR

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(Foto: Freeimages/Daniel Vazquez)

São Paulo – A produção de aço bruto no Brasil caiu 5,4% em junho de 2022 ante o mesmo mês do ano anterior, para 2,902 milhões de toneladas,segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto Aço Brasil (IABr). Em relação ao primeiro trimestre, a produção subiu 1,9% e no acumulado do ano, houve queda de 2,8% em comparação ao primeiro semestre de 2021, para 17,427 milhões de toneladas.

As vendas totais de aço no Brasil caíram 14,4% em junho ante o mesmo mês do ano anterior, para 1,781 milhão de toneladas. No acumulado do ano, as vendas tiveram baixa de 14,6%, para 10,253 milhões de toneladas.

O maior volume de vendas no mês foi de aços laminados planos, com um total de 1,006 milhão de toneladas comercializadas, com baixa de 15,1% emjunho frente ao mesmo mês de 2021, enquanto os laminados longos totalizaram 730 mil toneladas, o que corresponde a uma queda de 15,6%.

Entre janeiro e junho, a venda de laminados planos caiu 17,2%, para 5,731 milhões de toneladas, e a venda de longos recuou 12,4%,para 4,306 milhões de toneladas na comparação anual.

Em junho, as exportações totalizaram 1,072 milhão de toneladas, avanço de 12,6% em relação a junho do ano passado, enquanto asimportações caíram 65,0%, para 563 mil toneladas. Em receita, houve alta de 49,8% em exportação (US$ 1,251 bilhão) e queda de 37,7% em importação (US$ 312 milhões)na mesma base de comparação.

No acumulado, as exportações somaram 6,646 milhões de toneladas (+27,6%)e receita de US$ 5,975 bilhões (+54,5%), e as importações caíram 39,4% (1,532 mi t) e baixa de 0,8% em receita (US$ 2,263 bilhões).

O presidente do IABr, Marco Polo de Mello Lopes, disse que “não falta oferta, falta demanda”.

A entidade manteve as projeções para o ano, mas disse que devem ser revistas para baixo no segundo semestre devido à piora das condições do mercado.

Em 2022, a entidade prevê produzir 36,865 milhões de toneladas de aço bruto, alta de 2,2% em base anual, 22,860 milhões de toneladas em vendas (+2,5%),11,139 milhões de toneladas em exportações (+1,5%), 4,377 milhões em importações (-12,0%) e 26,739 milhões de toneladas em consumo aparente (+1,5%).

“Independente da revisão que vamos fazer, 2022 será um bom ano para o setor siderúrgico, mas provavelmente será pior que 2021″, disse Lopes.

Os investimentos de 2023 a 2026 serão de R$ 40,6 bilhões. Em 2022, o aporte será de R$ 11,9 bilhões. A entidade afirma ter investido R$ 158,7 bilhões de 2008 a 2021.”A média de investimento anual é bastante relevante”, disse o executivo.