Previsão para inflação sobe pela sexta semana ao fim de 2021, diz Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) revisaram a previsão do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim deste ano pela sexta vez seguida, oscilando de 3,60% para 3,62%. Há um mês, a projeção era de +3,43%. Para 2022, a previsão seguiu em 3,49%.

Já em 2023 e 2024, as projeções foram mantidas em +3,25%, respectivamente, há 31 e há três semanas. Ainda no âmbito da inflação oficial, a estimativa para os próximos 12 meses subiu pela quinta semana consecutiva, passando de 3,64% para 3,71%, de 3,43% há um mês. É válido lembrar que as metas de inflação para 2021, 2022 e 2023 são de 3,75%, 3,50% e 3,25%, nesta ordem, conforme estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao fim deste ano subiu de 3,50% para 3,75%, de 3,25% há quatro semanas. Para os próximos anos, a taxa seguiu em 5,00% em 2022, pela terceira vez seguida; e em 6,00%, há 16 e 48 semanas, nesta ordem, para 2023 e 2024.

Em relação às expectativas para a atividade econômica, o mercado financeiro revisou para baixo pela segunda semana a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, passando de 3,47% para 3,43%, de 3,45% um mês atrás. Para os demais anos, de 2022 a 2024, a previsão de crescimento econômico foi mantida em 2,50%, cada, há 147, 102 e 49 semanas, respectivamente.

Por fim, a projeção para a taxa de câmbio ao fim de 2021 seguiu em R$ 5,01 pela segunda vez, enquanto em 2022 seguiu em R$ 5,00 pela terceira semana, de R$ 4,90 há um mês. Para 2023, a cotação do dólar em relação ao real subiu para R$ 4,90, de R$ 4,86 na semana passada, e em 2024, o mercado manteve a projeção para o câmbio em R$ 4,90 pela segunda vez, de R$ 4,96 quatro semanas antes.

BALANÇA COMERCIAL

Os economistas consultados pelo Banco Central elevaram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2021 de US$ 55 bilhões para US$ 57 bilhões, após quatro semanas de estabilidade. Para 2022, a estimativa de saldo comercial positivo também subiu, passando de US$ 49,70 bilhões para US$ 49,85 bilhões, enquanto para 2023 foi de US$ 48 bilhões para US$ 49 bilhões, na quarta revisão seguida. Para 2024, a previsão de superávit comercial passou de US$ 43,90 bilhões para US$ 44,60 bilhões, na segunda revisão consecutiva.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2021 passou de déficit de US$ 19,00 bilhões para -US$ 16,00 bilhões, na terceira revisão seguida; para 2022, foi de -US$ 28,90 bilhões para -US$ 28,80 bilhões, na quarta alteração consecutiva; para 2023, passou de -US$ 22,90 bilhões para -US$ 23,00 bilhões, e em 2024, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 32,39 bilhões para -US$ 33,49 bilhões.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), foi mantida para todos os anos, sendo US$ 60 bilhões para 2021; US$ 70 bilhões para 2022, pela décima terceira e décima quarta semanas consecutivas, respectivamente, enquanto para 2023 e 2024, a previsão de aportes estrangeiros no setor produtivo permaneceu em US$ 80 bilhões, cada.