Previsão de inflação 2023 cai a 4,53% e 3,91% para 2024, segundo Boletim Focus

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Foto: Divulgação/ Banco Central da Rússia

São Paulo – As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus reduziram de 4,55% para 4,53% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2023. A meta para a inflação no período é de 3,25%.

A previsão de inflação nos preços administrados – que são controlados por contrato ou pelo poder público – diminuiu de 9,18% para 9,16%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo Indice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu de -3,55% para -3,54%.

Para 2024, as instituições financeiras mantiveram em 3,91% a previsão para a inflação medida pelo IPCA. A meta para a inflação no período é de 3,00%.

A previsão de inflação nos preços administrados em 2024 diminuiu de 4,46% para 4,42%, enquanto a projeção para a inflação medida pelo IGP-M subiu de 4,07% para 4,09%.

As instituições ainda reduziram de 2,85% para 2,84% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. A projeção para 2024 ficou estável em 1,50%.

O BC estima que a economia brasileira crescerá 2,8% em 2023, segundo a edição mais recente do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicada em setembro.

As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus mantiveram em 11,75% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2023. Atualmente, ela está em 12,25%, o que significa que o mercado espera um corte de -0,50 ponto porcentual (pp) até o final do ano.

Para 2024, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 9,25%.

A projeção para a taxa de câmbio em 2023 ficou estável em R$ 5,00 por dólar, enquanto a estimativa para 2024 manteve-se em R$ 5,05 por dólar. Há quatro semanas, as previsões eram as mesmas tanto para 2023 quanto para 2024

Já a Previsão para superávit comercial em 2023 sobe para US$ 83,05 bilhões, de US$ 77,00 bilhões na semana passada. A balança comercial mede o resultado das vendas de bens ao exterior (exportações), menos as compras de bens do exterior (importações).

A previsão para o saldo em conta corrente – que reúne os resultados das transferências e das balanças comercial, de serviços e de renda – foi de déficit de US$ 36,02 bilhões, inferior ao saldo negativo de US$ 37,20 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2023 diminuiu para US$ 62,60 bilhões, comparada à projeção de US$ 64,71 bilhões da semana passada.

Para 2024, as instituições elevaram a previsão de superávit comercial para US$ 83,05 bilhões, de US$ 77,00 bilhões na semana passada.

A previsão para o saldo em conta corrente foi de déficit de US$ 44,66 bilhões, igual ao saldo negativo de US$ 44,66 bilhões observado na semana anterior. A estimativa para o investimento direto em 2024 ficou estável em US$ 70,00 bilhões.

A pesquisa Focus manteve, ainda, a previsão de déficit primário em 2023 em 1,10% do Produto Interno Bruto (PIB), mesmo valor observado na semana passada. O resultado primário equivale à diferença entre a receita e a despesa pública, sem considerar os gastos referentes à dívida do governo – como as despesas com o pagamento de juros.

A previsão para o resultado nominal – a diferença entre as receitas e as despesas do governo, inclusive aquelas relacionadas à dívida pública – foi de déficit de 7,60% do PIB, igual ao saldo negativo de 7,60% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida do setor público em 2023 aumentou para 61,00% do PIB, comparada à projeção de 60,83% do PIB da semana passada.

Para 2024, as instituições mantiveram a previsão de déficit primário em 0,80% do PIB, mesmo valor observado na semana passada.

A previsão para o resultado nominal foi de déficit de 6,80% do PIB, inferior ao saldo negativo de 6,81% do PIB observado na semana anterior. A estimativa para a dívida líquida em 2024 aumentou para 63,90% do PIB, comparada à projeção de 63,88% do PIB da semana passada.