Prejuízo líquido da CVC cresce 16,6% e vai a R$ 87,5 milhões no 3º trimestre

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Foto divulgação: CVC Viagens

São Paulo – A CVC Corp registrou prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, alta de 16,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido a (i) registro de impairment, de ágio da Submarino Viagens, em decorrência da revisão do plano de negócios e crescimento das operações em parceria, o que ocasionou uma perda no valor recuperável, (ii) aumento nas despesas financeiras vinculadas a constituição do bônus de subscrição – instrumento financeiro derivativo e, (iii) impairment sobre ativos fiscais diferidos. Excluindo estes efeitos contábeis, o resultado líquido do 3T23 foi positivo em R$ 36,3 milhões.

A receita líquida teve alta de 11,3% no trimestre e alcançou R$ 375,8 milhões, reflexo do aumento da operação do B2C.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 96,0 milhões no período, 34,3% maior que o visto na comparação anual, resultado da melhoria na rentabilidade e da contenção de despesas. O ebitda, que exclui despesas com boletos e acrescenta itens não recorrentes, como a baixa contábil do ágio da Submarino Viagens e equivalência patrimonial, caiu 61,2%, para 19,7 milhões.

No âmbito operacional, as reservas consumidas somaram R$ 3,9 bilhões, queda de 6,9% ante igual intervalo do ano anterior. As reservas confirmadas tiveram retração de 4,3% no trimestre, para R$ 3,7 bilhões na mesma base de comparação. O take rate subiu 1,6 ponto percentual, para 9,6% no intervalo, que a companhia atribuiu a estratégia de priorizar o aumento da rentabilidade nas operações de B2C e B2B.

Ao final do trimestre, o endividamento líquido da operadora de viagens era de R$ 639,2 milhões, aumento de R$ 393,5 milhões ante a 30 de junho, devido ao efeito da redução no caixa em razão de menor montante de antecipações de recebíveis.

O saldo em debêntures somava R$ 756,6 milhões, inferior aos R$ 896,7 milhões ao fim de 2022 e R$ 790,9 milhões em 30 de junho, em função da aquisição facultativa de debêntures no montante de R$ 75 milhões em setembro. Esta aquisição estava alinhada ao acordo firmado com os debenturistas acerca do reperfilamento, no qual, a companhia se comprometeu a realizar um aumento de capital de pelo menos R$ 125 milhões até 30 de novembro, seguido de tender offer de ao menos R$ 75 milhões para as debêntures existentes reperfiladas. Neste sentido, em 28 de junho, a companhia concluiu com sucesso o aumento de capital no montante de R$ 549,9 milhões e ainda 83,3 milhões de bônus de subscrição e, em 22 de setembro, concluiu a realização da tender offer no total de R$ 75 milhões, com base na escritura vigente. Com o intuito de otimizar sua estrutura de capital as debêntures adquiridas foram canceladas em 26 de setembro.

No acumulado do ano, a CVC somou prejuízo líquido de R$ 382,4 milhões, 13,6% superior ao registrado nos nove meses de 2022 e avanço de 4,5% na receita líquida, para R$ 940,6 milhões.