Preço da gasolina recua pela oitava semana seguida nos postos, aponta ANP

236

São Paulo – A Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) apurou queda de R$ 0,02 no preço médio da gasolina nos postos brasileiros nesta semana, para R$ 5,74, o que representa a oitava semana seguida de queda. No acumulado das últimas oito semanas, o recuo é de R$ 0,14 por litro.

De acordo com a agência, a gasolina comum mais barata do país em Limeira (SP), a R$ 4,75 por litro. A mais cara foi encontrada na capital paulista, a R$ 7,59. O Maranhão teve o menor preço médio (R$ 5,50) e o Acre, o maior (R$ 6,77).

A tendência deve se manter com o corte nas refinarias da Petrobras desde o último sábado (21). A companhia estima um repasse adicional de R$ 0,09 por litro da gasolina após a redução do preço nas refinarias.

Segundo a ANP, o preço médio do diesel S-10 caiu R$ 0,02 por litro esta semana, para R$ 6,18 por litro, o que indica que as distribuidoras e postos estão retardando o repasse do fim da cobrança de impostos federais sobre o combustível. Isso representaria um repasse de R$ 0,11 por litro.

A queda acumulada é de apenas R$ 0,04 por litro desde o fim da vigência da medida provisória que havia restabelecido a cobrança dos impostos. Já o preço do etanol hidratado, que concorre com a gasolina, permaneceu estável em R$ 3,61 por litro, segundo a pesquisa semanal de preços da ANP.

Gasolina e diesel estão 9% e 8% mais baratos, em média, no Brasil do que no exterior, diz Abicom

Na primeira segunda-feira após os reajustes da Petrobras no último sábado (21), o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina, segundo acompanhamento diário da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). O litro da gasolina está, em média, R$ 0,28 mais barato no mercado doméstico, nível 9% inferior ao praticado no exterior, enquanto o preço do diesel está, em média, 8% mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,34 por litro do diesel, conforme relatório publicado hoje.

Segundo a Abicom, a defasagem no diesel agora é um pouco maior nos polos operados pela Petrobras, R$ 0,38 abaixo do patamar de paridade com o preço internacional, ou seja, uma diferença de 9%, enquanto na gasolina, a defasagem nesses polos é de R$ 0,30 (-10%), conforme a medição de hoje.

O preço de paridade de importação (PPI) é calculado pela Abicom usando como referência os valores para gasolina, óleo diesel, câmbio, RVO e frete marítimo nas cotações, considerando os fechamentos do mercado de sexta-feira (20).

“Apesar da estabilidade no câmbio e dos preços de referência da gasolina e do óleo diesel no mercado internacional no fechamento de sexta, a Petrobras anunciou uma redução de R$ 0,12 por litro no preço da gasolina e um aumento de R$ 0,25 por litro no preço do óleo diesel a partir do último sábado (21/10/2023). Assim, o cenário médio de preços está abaixo da paridade para o óleo diesel e para gasolina”, comentou a Abicom, no relatório.

A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, fechou na sessão de sexta operando em patamar elevado (R$5,05) e pressionando os preços domésticos dos produtos importados, acrescentou. A entidade também registrou que a oferta apertada do petróleo segue pressionando os preços futuros da commodity.