Petrobras terá R$ 323 bilhões de investimentos e 47 projetos no novo PAC

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Tomaz Silva/Agência Brasil

São Paulo – Em discurso no lançamento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro (RJ), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que do investimento de R$ 323 bilhões da companhia anunciado no programa, serão 47 projetos em campos convencionais, sistemas de produção no pré-sal a projetos dda época dos governos Lula e Dilma que estão sendo revigorados, além de investimentos na Bolívia, Venezuela e Argentina.

O “Novo PAC” do governo federal prevê investir R$ 1,7 trilhão em todos os estados do Brasil, sendo R$ 371 bilhões com recursos do orçamento da União; R$ 343 bilhões, das empresas estatais R$ 362 bilhões, com financiamentos; e R$ 612 bilhões, do setor privado.

“Estamos revitalizando os campos convencionais, não do pré-sal. Estamos revitalizando Marlim, Albacora, Roncador, projetos importantes, presidentes, da época dos governos Lula e Dilma que estão sendo revigorados”, disse o executivo.

Prates disse que os aportes permitirão à Petrobras produzir mais, com novas tecnologias. “Nesse processo, vamos tirar plataforma de sistemas de produção antigos e vamos discomissioná-las, trazendo novas plataformas construídas no Brasil, navios construídos no Brasil. Vamos lotar os nossos estaleiros de novo, no Rio de Janeiro, na Bahia, no Nordeste, no Sul. Já temos os estaleiros de Rio Grande revigorados. Então, nós estamos muito radiantes, como o presidente Lula nos inspira.”

“Vamos também, como eu já disse, construir pelo menos 25 navios, 26 descomissionamentos. Vamos, portanto, ter movimentação suficiente. É praticamente equivalente ao pico da produção dos nossos estaleiros nacionais, ainda no seu governo Presidente Lula”, acrescentou.

Ele mencionou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao falar sobre transição energética. “Como bem diz meu colega, ministro das Minas Energia, com quem estamos sim, muito concatenados, muito integrados, trabalhando juntos.”

Em transição energética, Prates mencionou a transformação de refinarias em biorefinarias e a entrada no mercado de óleo vegetal. “Teremos a primeira, que é uma refinaria de 1937, inaugurado por Getúlio Vargas, lá em Rio Grande, transformado na primeira biorefinaria do Brasil, produzindo produtos hoje derivados de petróleo, 100% a partir de óleo vegetal. Vamos entrar no mercado do óleo vegetal, seja fabricando biodiesel, seja através do coprocessamento. Já estamos hoje produzindo na refinaria do Paraná, diesel com 5% de conteúdo renovável, ou seja, óleo com óleo vegetal colocado nas refinarias, e vamos crescer essas produções.”

Prates disse que a Petrobras será grande fomentadora da agricultura familiar e que, por meio do programa do óleo vegetal, apoiará os produtores de biodiesel ao invés de competir contra eles. “Agora sim, agora vai o programa do óleo vegetal, junto com os produtores de biodiesel e não competindo contra eles.”

Ele disse que “a Petrobras vai se reconectar com países vizinhos e parceiros. Bolívia, Venezuela, Argentina. Sem absolutamente nenhuma vergonha disso, mas para ajudá-los e para nos ajudar, com projetos econômicos, projetos viáveis.”

Em relação aos projetos de fertilizantes e biopetroquímica que ficaram de fora, o CEO disse que as diretrizes estão definidas e, até novembro, a Petrobras fará um anexo ao PAC com petroquímica e fertilizante, citando a Usina de Três Lagoas “e outras que virão” e que serão “anúncios importantes”.

Na área ambiental, Prates disse que a Petrobras poderá apoiar projetos relacionados ao meio ambiente. Dirigindo-se à ministra do meio ambiente Marina Silva, ele disse que terá “muita responsabilidade, muita atenção com a Floresta Amazônica, com muita preservação, muita sustentabilidade e bancando, como bancamos até hoje, o maior programa de reflorestamento 3% do território brasileiro pela Petrobras.”