Petrobras lucra R$ 54,33 bilhões no segundo trimestre, alta de 26,8% em base anual

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Foto: Divulgação / Petrobras

São Paulo – O lucro líquido aos acionistas da Petrobras aumentou 26,8% no segundo trimestre, para R$ 54,33 bilhões, enquanto a receita líquida cresceu 54,4%, para R$ 170,96 bilhões.

A companhia atribuiu o aumento do lucro, na comparação com os R$ 44,6 bilhões no 1T22, principalmente pela alta do Brent no período, além das maiores margens de derivados e de gás natural. Adicionalmente, o resultado foi impactado positivamente pelo ganho de capital de R$ 14,2 bilhões referente ao acordo de coparticipação em Sépia e Atapu. Por outro lado, estes fatores foram parcialmente compensados pela piora no resultado financeiro (-R$ 18,7 bilhões). Com o maior lucro antes dos impostos, houve maior despesa com imposto de renda e contribuição social em R$ 2,6 bilhões.

O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se repetir em outros períodos, aumentou 10,1% no segundo trimestre, para R$ 45,04 bilhões, beneficiado por itens não recorrentes no valor total de R$ 14,3 bilhões, antes dos impostos.

O lucro líquido do 2T22 teria sido de R$ 45,0 bilhões sem os itens não recorrentes. O EBITDA Ajustado foi negativamente impactado em R$ 1,1 bilhão e teria somado R$ 99,3 bilhões sem os itens não recorrentes..

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 7,0%, para R$ 74,52 bilhões. Em termos ajustados – que excluem da conta participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos, resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por venda de participação societária -, o ebitda aumentou 58,6%, para R$ 98,26 bilhões.

Já o ebitda recorrente de US$ 20,2 bilhões (+34% vs 1T22) e fluxo de caixa livre de US$ 12,8 bilhões (+61% vs 1T22), refletiram principalmente a valorização do Brent no período, melhor resultado com a venda de derivados e gás natural e menores volumes de importações de GNL.

A dívida líquida da companhia ao fim do segundo trimestre encolheu 35,3%, para US$ 34,435 bilhões, o que equivale a 0,6 vez o ebitda ajustado em dólar acumulado pela Petrobras num período de 12 meses. Um ano antes, este índice era de 1,49 vez.

O lucro líquido aos acionistas da Petrobras com as operações de exploração e produção aumentou 103,8% no segundo trimestre, para R$ 53,33 bilhões. O preço médio do petróleo tipo Brent – a referência no mercado internacional – praticado no período subiu 65,3% na comparação anual, para US$ 113,78 o barril. No Brasil, o preço médio de venda subiu 65,9%, para US$ 665,50 o barril, ficando acima do praticado no exterior.

O custo de extração de petróleo e gás no Brasil, chamado de “lifting cost”,teve alta de 21,8%, para US$ 5,98 por barril de petróleo equivalente (boe, na sigla em inglês), sem levar em consideração a participação do governo. Com a participação do governo, o lifting cost cresceu 52,0%, para US$ 25,95 por boe. Nos campos do pré-sal, o custo de extração de petróleo e gás aumentou 31,3% no segundo trimestre, para US$ 3,31 por boe. Nenhum destes números leva em consideração as despesas da Petrobras com afretamento.

O lucro líquido aos acionistas da Petrobras com as operações de refino aumentou 53,2% no segundo trimestre, para R$ 13,63 bilhões, enquanto no setor de gás e energia o resultado líquido foi positivo, subindo 53,0%, para R$ 1,8 bilhão.