Perspectiva de demanda de petróleo é mantida para em 2023, diz Opep

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Bomba de gasolina // Crédito: engin akyurt/Unsplash

São Paulo – A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta da demanda mundial em 2023 em 2,3 milhões de barris por dia (bpd) em comparação com o ano passado. Assim, espera-se que o apetite por co,bustível no mundo neste ano totalize 101,89 milhões de bpd.

A perspectiva de demanda crescente contradiz a última ação do cartel e seus aliados, incluindo a Rússia, de cortar mais de 1,0 milhão de bpd de sua produção a partir de maio.

De acordo com a Opep, as medidas foram tomadas em resposta às preocupações sobre a procura por combustível neste verão no hemisfério norte e em um cenário de estoques de petróleo em constante crescimento nas maiores nações consumidoras de petróleo do mundo.

Embora ainda preveja o aumento da demanda este ano, a Opep observou que as taxas de juros mais altas podem “compensar” a demanda por petróleo nos Estados Unidos, que normalmente atinge o pico durante os meses de verão.

O cartel também observou os desafios impostos ao crescimento econômico pela alta inflação e preocupações com a estabilidade financeira. Ele destacou que a reabertura da China não foi suficiente para compensar a fraca demanda por petróleo das refinarias na Europa.

Sobre a produção, a Opep prevê uma alta de 1,43 milhões de bpd entre os países não pertencentes ao cartel em 2023, totalizando 67,19 milhões de bpd, uma leve revisão para baixo de apenas 100 mil bpd.

A produção de petróleo do grupo ficou em 28,82 milhões de bpd no primeiro trimestre, 290 mil bpd a mais do que sua previsão de demanda durante o período. Precisaria subir para 30,28 milhões de barris por dia no último trimestre para preencher a lacuna deixada entre a demanda e a produção de não membros da Opep.

Apesar das preocupações com a economia, o cartel evitou alterar suas previsões de crescimento econômico neste ano. O grupo espera um crescimento econômico global de 2,6%, uma alta de PIB nos EUA de 1,2% e que a economia da China cresça 5,2%.