Casa Branca espera acordo sobre estímulos em 48 horas; negociações continuam

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Foto: Paula Brewer / freeimages.com

São Paulo – O chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows, afirmou que está otimista sobre as negociações entre o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, e líderes democratas para a aprovação de um novo pacote de estímulos em meio à crise do novo coronavírus.

Segundo Meadows, ele espera que um acordo saia em até 48 horas, informando que as negociações entraram, desde as conversas de ontem,  em uma “nova fase”. “Estou otimista”, disse Meadows. “Compartilhamos um objetivo, e esperamos conseguir algum tipo de acordo nas próximas 48 horas”.

Nas últimas 24 horas, segundo Meadows, as negociações mudaram em direção à elaboração de uma linguagem específica para a legislação, desde que os dois lados possam concordar sobre um número final de gastos.

“Posso dizer que as negociações entraram em uma nova fase, que está mais no lado técnico de tentar acertar a linguagem se pudermos concordar com os números”, disse Meadows. “Ainda estamos separados. Ainda temos uma série de questões para trabalhar, mas as últimas 24 horas colocaram a bola no campo.”

A Casa Branca propôs mais recentemente um pacote de ajuda no valor de US$ 1,8 trilhão – sua oferta mais cara até agora – mas o Trump vem indicando que quer um pacote maior do que os US$ 2,2 trilhões dos democratas.

NEGOCIAÇÕES EM CURSO

As negociações entre a Casa Branca e os democratas para a liberação de estímulos seguem mesmo com o final do prazo dado pela oposição para que um entendimento fosse alcançado até ontem de forma que a ajuda pudesse ser acertada antes das eleições de 3  de novembro.

Segundo Drew Hammill, assessor da presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, ela e o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, conversaram ontem por 45 minutos. “A conversa proporcionou mais clareza e um terreno comum à medida que se aproximam de um acordo”, disse ele.

“O prazo permitiu à Pelosi e ao secretário ver que as decisões podem ser alcançadas e a linguagem pode ser trocada, demonstrando que ambos os lados levam a sério a busca de um meio-termo”, acrescentou.

Como várias questões permanecem abertas, as autoridades incumbiram os presidentes dos comitês a trabalhem para resolver as diferenças, especialmente sobre os níveis de financiamento e linguagem.

Texto foi atualizado às 12h10