Ministro defende qualificação de Guido Mantega para ocupar cargo executivo na Vale; ação cai

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O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira | Foto: Tauan Alencar

São Paulo – A ação da Vale mantém o movimento negativo no início do pregão desta sexta-feira, após notícias que voltaram a circular sobre a intenção do governo federal colocar Guido Mantega no comando da companhia. Às 16h46 (horário de Brasília), o papel VALE3 recuava 1,26%, a R$ 68,13.

A XP comenta que, mesmo com aumento no preço do minério de ferro, as ações da Vale caíram 0,7% no pregão de ontem (18).

No último dia da participação da delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendeu que o governo participe do processo de sucessão da mineradora através da indicação de nomes para o comando e de participar das estratégias da companhia. As declarações foram dadas a jornalistas presentes no evento, segundo informações são do “Valor Econômico”.

O ministro lembrou que o governo federal tem dois representantes no conselho de administração da Vale, mas disse que não está impondo nomes. Ele também defendeu a qualificação de Guido Mantega para assumir um cargo executivo.

Em agosto do ano passado, o noticiário indicava que o presidente Lula pretendia indicar Guido Mantega à presidência da Vale ou para a diretoria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), na vaga de Martha Seillier.

Em 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) inabilitou, como punição ao caso das pedaladas fiscais, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança no âmbito da Administração Pública, os então responsáveis Guido Mantega, no cargo de ministro da Fazenda, por 5 anos, e Arno Hugo Augustin Filho (ex-secretário do Tesouro Nacional), pelo período de 8 anos. Ainda a esses gestores o tribunal aplicou o valor máximo de multa, permitido pela lei em casos como esse, no total de R$ 54.820,84, de multas individuais.