Mesmo com manutenção do pagamento de dividendos pelo TCU, ações da Petrobras caem

2017
Foto: Divulgação/Petrobras

São Paulo – Os papéis da Petrobras fecharam o pregão em queda de 2,16% nos ordinários (PETR3) e de 2,28% no preferencial (PETR4), em dia de queda das cotações de petróleo no exterior. As ações de Petro Rio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRR3) caíram 3,07% e 2,16%. O Ibovespa recuou 0,75% a 108.870,17 pontos.

A notícia de que o Tribunal de Contas da União (TCU) negou a proposta do Ministério Público de suspensão de dividendos de R$ 43 bilhões do lucro do terceiro trimestre de 2022 da Petrobras é positiva, na visão de analistas. Porém, a participação nos resultados deve cair no ano que vem, ressaltam.

“O evento é positivo para Petrobras. Embora sigamos acreditando que, no futuro, os pagamentos de proventos serão menores, o desfecho positivo desta questão e por conseguinte, a confirmação do pagamento previamente anunciado conferirá aos seus acionistas, neste ano, uma excelente remuneração”, comentou a corretora Ativa.

“Destacamos que, quando alteramos nossa recomendação de compra para neutro, já considerávamos a efetivação deste pagamento de dividendos. Desta forma, sua não suspensão não afeta nossa visão de mercado atual mais reticente com o papel”, acrescentou.

Segundo Cassiano Konig, sócio da GT Capital, as empresas do setor de petróleo como Petrobras e Prio também caem no pregão seguindo a queda do barril de petróleo lá fora, por preocupações com a demanda da China.

“É uma notícia positiva para a empresa e seus acionistas, porém as ações vem sofrendo por diversos motivos, um deles é que está se aproximando da posse do novo governo e possivelmente a troca do comando da companhia deva acontecer na sequência e os candidatos vem demostrando que devem fazer grandes mudanças, como a troca do PPI para preço regional e descontinuar os planos de venda das refinarias”, acrescentou Konig.

Os investidores também reagiram negativamente à notícia de que a Petrobras desistiu momentaneamente da venda da Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Minas Gerais. Ao lado da Repar e Refap, a Regap fazia parte do rol de refinarias cuja venda foi acertada com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).