Mercado reduz previsão de queda do PIB pela 5ª vez, segundo Focus

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São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central melhoraram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela quinta semana consecutiva e preveem, agora, um recuo de 5,66% da economia brasileira, de -5,77% antes. Há um mês, a previsão era de queda de 6,50%, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.

Já para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas e prevê uma arrancada da atividade econômica. A previsão de alta do PIB em 2021 permaneceu estável em 3,50% pela décima semana, ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023 seguem inalteradas há 119 e 74 semanas, respectivamente.

Do lado da inflação, o relatório de mercado Focus aponta redução na previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano, pela segunda vez seguida, de 1,67% para 1,63%, voltando ao nível de um mês atrás. Para os demais anos, a previsão para o IPCA ficou estável, seguindo em 3,00% para 2021 há sete semanas; em 3,50% para 2022 há 53 semanas e em 3,25% para 2023 há três semanas.

Já em relação à taxa de câmbio, o mercado financeiro manteve a estimativa para todos os períodos, com a cotação do dólar em relação ao real seguindo em R$ 5,20% ao final de 2020 pela sétima semana consecutiva; em R$ 5,00 em 2021 pela terceira vez; e em R$ 4,80 para 2022 e 2023, cada, pela segunda e sétima semana, respectivamente, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.

Do lado da Selic, os economistas também mantiveram a previsão para a taxa básica de juros para este ano e os próximos. O juro básico deve encerrar 2020 em 2,00%, o que indica uma queda de 0,25 ponto percentual (pp) até o fim do ano, considerando-se o nível atual de 2,25%. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) acontece esta semana.

Para o demais anos, o mercado financeiro manteve a estimativa de aperto monetário menor, com a estimativa para a Selic seguindo em 3,00% em 2021 pela sétima vez; em 5,00% em 2022, pela oitava semana seguida; e em 6,00% em 2023, pela décima sétima vez.