Presidente do Fed de Dallas defende benefício aos desempregados

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Fachada do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) / Foto: Fed

São Paulo – O presidente da unidade do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Dallas, Robert Kaplan, defendeu a manutenção do benefício semanal de US$ 600 pagos aos desempregados nos Estados Unidos como uma maneira de apoiar a recuperação da economia dos efeitos da crise do novo coronavírus.

“Embora possa ter dificultado a contração por certas empresas, [o benefício] ajudou a aumentar os gastos dos consumidores, portanto, seu efeito líquido é mais positivo para a economia”, afirmou ele em entrevista para a Bloomberg TV.

Kaplan, que este ano tem direito a voto, disse que, embora muitos de seus contatos tenham reclamado que o fim dos benefícios para os desempregados dificulta a contratação, os dados não mostram que isso prejudica o mercado de trabalho em geral.

“Fizemos vários estudos e nosso próprio trabalho e não estamos vendo tanto isso nos dados, mas posso dizer que estou ouvindo isso das pessoas de negócios”, afirmou.

Os comentários surgem no momento em que o governo norte-americano e o Congresso debatem a assistência ao desemprego, que foi fixada em US$ 600 por semana em março, mas expirou na sexta-feira. Enquanto a Casa Branca se manifestou em favor de reduzir o benefício para US$ 200 por semana, os democratas pediram que fosse mantido no nível de US$ 600.