Mercado melhora previsão do PIB brasileiro em 2020 pela 7ª vez

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Foto: Afonso Lima / freeimages.com

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central melhoraram a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano pela sétima semana consecutiva e preveem, agora, um recuo de 5,52% da economia brasileira, de -5,62% antes. Há um mês, a previsão era de queda de 5,95%, segundo o relatório de mercado Focus, do Banco Central.

Já para os demais anos, o mercado financeiro manteve as estimativas e prevê uma arrancada da atividade econômica. A previsão de alta do PIB em 2021 permaneceu estável em 3,50% pela décima segunda semana, ao passo que as projeções de crescimento de 2,50% em 2022 e em 2023, cada, seguem inalteradas há 121 e há 76 semanas, respectivamente.

Outro destaque no documento do BC ficou com as estimativas sobre a Selic. Os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros neste ano em 2,00%, pela sétima semana consecutiva, o que indica manutenção da Selic até dezembro, mas alteraram as projeções para os próximos dois anos.

Para 2021, a estimativa interrompeu oito semanas seguidas de estabilidade e passou de 3,00% para 2,75%, enquanto para 2022 a projeção foi revisada pela segunda vez consecutiva, passando de 4,90% para 4,75%, de 5,00% há um mês.

Ambas as revisões indicam um aperto monetário menor. Já para 2023, o mercado financeiro manteve a estimativa para a Selic em 6,00%, pela décima nona semana seguida.

Do lado da inflação, a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano passou de 1,63% para 1,67%, de 1,72% quatro semanas atrás. Para os próximos anos, as estimativas foram mantidas, sendo +3,00% em 2021, pela nona vez; +3,50% em 2022 há 55 semanas e +3,25% em 2023 pela quinta semana seguida.

Já as previsões para a taxa de câmbio foi mantida para todos os períodos, com a cotação do dólar em relação ao real seguindo em R$ 5,20 ao final de 2020 pela nona semana consecutiva; em R$ 5,00 em 2021 pela quinta vez e em R$ 4,80 para 2022 e 2023, cada, pela quarta e nona semana, respectivamente, ainda conforme o relatório Focus do Banco Central.