Mercado eleva previsão para a inflação em 2020 pela 18ª vez, diz Focus

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Foto: Wagner Magni / freeimages.com

São Paulo – Os economistas ouvidos pelo Banco Central (BC) elevaram a previsão de alta do Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano pela décima oitava semana seguida, passando de +4,21% para +4,35%, de +3,25% há um mês, segundo o relatório de mercado Focus, do BC.

Para 2021, a estimativa seguiu em 3,34%, enquanto para 2022 e 2023, as projeções foram mantidas, em +3,50% e +3,25%, respectivamente, há 72 e 22 semanas. Já a previsão para os próximos 12 meses caiu de 4,09% para 3,99%, após quatro altas seguidas. Há um mês, estava em 3,56%.

Outro destaque do Focus foi a previsão em relação à economia, no qual o mercado financeiro segue com a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Após cinco semanas com expectativa de melhora, o indicador passou de -4,40% para -4,41%. Há um mês, a previsão era de queda de 4,66%.

Para 2021, a previsão de crescimento econômico seguiu em 3,50%, após três altas seguidas, de 3,31% quatro semanas antes. Já para os anos seguintes, a previsão foi mantida em 2,50% para 2022 e 2023, pelas 138 e há 93 semanas, respectivamente.

Já a projeção para a taxa de câmbio ao fim deste ano foi revisada para baixo pela quinta semana seguida, passando de R$ 5,22 para R$ 5,20, de R$ 5,41 há um mês. Para 2021, a previsão passou de R$ 5,10 para R$ 5,03, de R$ 5,20 quatro semanas antes; para 2022, após seis semanas de manutenção, caiu de R$ 5,00 para R$ 4,95. Já em 2023, a cotação do dólar em relação ao real caiu de R$ 4,94 para R$ 4,90 pela segunda vez, de R$ 4,88 há um mês.

Por fim, os economistas mantiveram a previsão para a taxa básica de juros (Selic) em 3,00% para 2021 pela terceira semana. Já para 2022 e 2023, as previsões seguiram em 4,50%, pela décima sexta vez, e em 6,00% pela sétima semana, respectivamente.

BALANÇA COMERCIAL 

Os economistas consultados pelo Banco Central reduziram a previsão para o superávit da balança comercial brasileira em 2020, de US$ 58,00 bilhões para US$ 57,63 bilhões. Para 2021, a estimativa de saldo positivo ficou estável em US$ 56,50 bilhões pela segunda vez. Já em 2022 e em 2023, as previsões caíram de US$ 50,00 para R$ 49,45 bilhões e de US$ 43,70 bilhões para US$ 40,60 bilhões, respectivamente.

Em relação ao saldo da conta corrente, a previsão para 2020 passou de déficit de -US$ 4,22 bilhões para -US$ 4,45 bilhões, na segunda queda seguida; para 2021, foi de -US$ 16,00 bilhões para -US$ 17,00 bilhões; para 2022, passou de -US$ 26,00 bilhões para -US$ 27,44 bilhões, e em 2023, a previsão de saldo negativo das transações correntes passou de -US$ 32,10 bilhões para -US$ 32,19 bilhões, na segunda semana de queda.

Por fim, a previsão para o ingresso de recursos externos, no âmbito do Investimento Direto no País (IDP), caiu de US$ 43,15 bilhões para US$ 41,30 bilhões em 2020; seguiu em US$ 60,00 bilhões em 2021 pela quarta vez e em US$ 70,00 bilhões em 2022, pela quinta semana. Enquanto para 2023, a estimativa referente ao aporte de capital estrangeiro no setor produtivo seguiu em US$ 75,00 bilhões.