MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Gráfico

São Paulo – Em dia de baixa liquidez com o feriado nos Estados Unidos (Memorial Day), a Bolsa chegou a bater novo recorde intradiário acima dos 126 mil pontos, mais cedo, após bater a máxima histórica na última sexta-feira Ibovespa [125.561,37 pontos] empurrada pelos papéis das empresas ligadas às commodities, principalmente da Vale. No início da tarde o índice passou a operar perto da estabilidade.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa operava em alta de 0,04%, aos 125.619,55 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 10,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,15%, aos 125.710 pontos.

Os investidores aguardam os discursos do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e do ministro da economia, Paulo Guedes, no Fórum Brasil de Investimentos.

De acordo com a equipe de analistas da Terra Investimentos, a Bolsa segue em trajetória e já conseguiu bater novo recorde intradiário “impulsionada principalmente pelas ações da Vale reagindo à alta do minério de ferro na China [O minério de ferro fechou em alta de 3,76%, cotado a US$ 164,92”, enfatiza.

Os papéis da Vale (VALE) sobem mais de 2%. As siderúrgicas também seguem o movimento positivo da mineradora.

A equipe de analistas da Sul América Investimentos afirma que em um dia de baixa liquidez mundial, “a Bolsa deve ter ligeira alta ajudada pelos preços das commodities”.

O analista Filipe Villegas, da Genial Investimentos, comenta que os investidores ficam atentos em relação à reforma tributária. Ainda esta semana pode ser criada a Comissão Especial para analisar a matéria e deve ser conhecido o novo relator do projeto.

Também chama a atenção dos investidores a crise hídrica. Com a confirmação da situação crítica das represas, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu decretar bandeira vermelha a partir de 2 de junho.

Volátil desde a abertura dos negócios, o dólar comercial acelerou os ganhos frente ao real e firma alta, renovando máximas acima de R$ 5,25, em meio à tradicional disputa pela formação de preço da taxa Ptax de fim de mês, enquanto no exterior, a sessão é de poucos negócios e liquidez reduzida com o feriado nos Estados Unidos e no Reino Unido, o que leva os ativos globais a operarem mistos.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,70%, cotado a R$ 5,2500 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2021 apresentava avanço de 0,09%, cotado a R$ 5,232.

O diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik, destaca que o movimento é local e que, nas “duas primeiras janelas” da taxa Ptax, os investidores “vendidos” conseguiram empurrar a taxa de câmbio para baixo, quando renovou mínimas abaixo de R$ 5,20. “Isso ajudado pelo dólar fraco no exterior. Mas agora, os comprados estão tentando elevar a taxa em uma disputa acirrada até aqui”, avalia.

O economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, reforça que os mercados globais abrem a semana com menor liquidez com os feriados nos Estados Unidos e no Reino Unido e à espera de indicadores importantes ao longo da semana. Amanhã, sai o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre e da produção industrial de abril, o que pode desenhar o cenário para o crescimento da economia no segundo trimestre.

Lá fora, com o debate da inflação ainda no radar, investidores se preparam para os dados de inflação na Europa e os números do mercado de trabalho nos Estados Unidos, destaca a equipe econômica da Guide Investimentos.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) operam com viés de alta acompanhando o leve avanço do dólar em relação ao real enquanto os investidores se preparam para as falas do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e de diretores da autoridade monetária em eventos programados para ocorrer ao longo de todo o dia.

Os eventos com integrantes do Conselho de Política Monetária (Copom) ocorrem pouco antes do início das duas semanas de silêncio que antecedem a próxima decisão de juro do BC, prevista para 16 de junho. Ao mesmo tempo, operadores alertam para uma sessão de baixa liquidez pelo fato de os mercados financeiros nos Estados Unidos estarem fechados hoje por causa de um feriado no país, o que mantém as taxas perto da linha d’água.

Por volta das 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 5,07%, de 5,04% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 6,65%, de 6,615%; o DI para janeiro de 2025 ia a 7,83%, de 7,83% antes; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 8,44%, de 8,46%, na mesma comparação.