MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa segue em alta, após renovar seu recorde histórico intradiário, sustentando pelos ganhos de papéis de peso como os de bancos e da Petrobras, em meio a um dia de alívio no exterior após arrefecimento de preocupações com a guerra comercial. Investidores também seguem mais animados com sinais da economia doméstica, após dados levemente acima do esperado do PIB ontem.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,91% aos 109.955,91 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 6,9 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2019 apresentava avanço de 0,93% aos 110.165 pontos.

“O mercado está andando, alguns papéis de primeira linha sustentam o índice, como bancos, Petrobras e Ambev. Tivemos dados melhores do PIB ontem e o dólar está um pouco mais comportado. Esse cenário alimenta um rali de fim de ano”, disse o gerente da mesa de operações da H.Commcor, Ari Santos.

Os bancos têm um dia positivo, com destaque para o Itaú Unibanco, já as preferenciais da Petrobras avançam em dia de alta de mais de 3% dos preços do petróleo.

As maiores altas do Ibovespa, por sua vez, são das ações da Via Varejo, que vem mostrando bom desempenho depois dos resultados da Black Friday e em meio a relatórios positivos, além dos papéis da Cosan e da WEG. Ainda avançam os papéis da CSN, depois de notícia de que a companhia irá aumentar o preço do aço em 10% para clientes a partir de janeiro.

No exterior, os principais mercados acionários também avançam após dois dias de queda em meio à tensão comercial. Embora o presidente norte-americano, Donald Trump, tenha dito ontem que não há um prazo para fechar um acordo com a China, o que ajudou a azedar os mercados, uma reportagem da agência de notícias “Bloomberg” afirma hoje que as declarações não indicam que as negociações não estão avançando e que um acordo pode ser fechado ainda este mês.

O dólar comercial tem queda firme frente ao real refletindo o ambiente mais positivo no exterior onde a moeda perde terreno para as principais divisas globais após dados mais fracos do mercado de trabalho nos Estados Unidos. Além disso, o presidente do país mudou o tom a respeito das tratativas comerciais com a China.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,47%, sendo negociado a R$ 4.1870 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em janeiro de 2020 apresentava recuo de 0,49%, cotado a R$ 4,189.

Mais cedo, saíram os dados de trabalho no setor privado dos Estados Unidos, divulgados pela ADP, em que foram criadas 67 mil vagas, abaixo da projeção de 150 mil vagas, no mês passado. Os dados de outubro foram revisados para baixo, de 125 mil para 121 mil vagas. Além de indicadores mais fracos, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a falar que as negociações com a China “estão indo bem”.

O operador de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, reforça que Trump está “suavizando” o discurso de que, talvez, adiasse as negociações sobre o acordo comercial com a China após as eleições presidenciais nos Estados Unidos, em novembro do ano que vem.

Enquanto isso, a agência de notícias “Bloomberg” divulgou hoje que representantes dos governos chinês e norte-americano disseram que os dois países estariam próximos de um entendimento sobre quais tarifas seriam revertidas no acordo preliminar, a chamada “fase 1”. A preocupação é que estão previstas a cobrança de novas tarifas no dia 15. “As notícias sobre a guerra comercial, com tom mais ameno, corroboram para um ambiente mais positivo hoje”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) caem desde a abertura da sessão, diante da melhora dos mercados após relatos de que Estados Unidos e China estariam perto de um acordo comercial, apesar da renovada tensão entre os dois países. Os investidores ajustam as expectativas sobre o rumo da Selic, em semana de agenda doméstica carregada.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,590%, de 4,609% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,66%, de 4,71%; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,82%, de 5,90% após o ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 estava em 6,40%, de 6,49%, na mesma comparação.