Magazine Luiza investirá na ampliação da distribuição para e-commerce

775
Fachada de Loja do Magine Luiza

São Paulo – A Magazine Luiza disse que boa parte dos investimentos será para ampliar os centros de distribuição (CDs). A companhia
está fazendo um piloto para testar as entregas em uma hora.

“Quem não tem logística concentrada em cerca de dez CDs gigantes não vai conseguir entregar em uma hora. Hoje, 40% das entregas em 3P [marketplace da companhia] foram feitas com logística própria e a ideia é ampliar para mais estados”, disse Frederico Trajano, diretor executivo do Magazine Luiza, em teleconferência com investidores.

A companhia também tem atualmente 415 lojas habilitadas para que o cliente retire o produto na loja e dobrou o número de vendedores e ofertas em sua plataforma. 76% das vendas online são feitas pelo aplicativo Magalu, que encerrou o primeiro trimestre com 31 milhões de usuários ativos.

A empresa também anunciou modificações no ecossistema de marketplace Magalu, que passará a ser um centro de serviços e um grande ponto de apoio aos vendedores externos, com o objetivo de habilitar mais empresas a atuar na sua plataforma.

“Vamos buscar o crescimento sustentável do marketplace, dentro de um ritmo que faça sentido. Ninguém previa que o 1P (venda própria da companhia) iria crescer mais e ainda vejo um grande potencial de crescimento dos nossos canais próprios, mas um não exclui o outro. Também temos um trabalho muito grande, de longo prazo e estrutural, para amadurecer o marketplace e investiremos nas duas frentes ao mesmo tempo, não em uma detrimento da outra”, pontuou Trajano.

SEGMENTOS

Os próximos investimentos da companhia na digitalização do comércio serão na área de mercado e restaurantes. A Magazine Luiza combinará o sortimento de suas lojas próprias e externas em seu superapp na área de mercado, por meio da VipCommerce.

Em restaurantes, a companhia disse que irá “plugar” o AiQFome (plataforma de restaurantes comprada em setembro do ano passado) em sua plataforma neste trimestre.

A companhia também disse estar otimista com as operações operações Época (beleza), Netshoes (esporte) e Zattini (moda), esta última, contou recentemente com o suporte da Hubsales para conectar com polos industriais em Novo Hamburgo e Goiânia.

Outra frente de monetização da companhia será a área de conteúdos, que ajuda a vender produtos, por meio dos canais Canaltech, Steal The Look e Jovem Nerd, que possuem 25 milhões de visitantes únicos no site, 2,5 milhões de seguidores e 1 bilhão de visualizações no YouTube, respectivamente.

“Queremos uma ferramenta para monetizar a audiência com adds e complementar as nossas ferramentas de vendas online”, disse Trajano.

DESTAQUES DO PRIMEIRO TRIMESTRE

A Magazine Luiza vendeu 114% no comércio eletrônico no primeiro trimestre e cresceu 92% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. A companhia também conseguiu vender pelo celular com as lojas fechadas e registrou um crescimento de 4% nas vendas em lojas físicas. O resultado das vendas por vários canais resultou em crescimento de 63% das vendas totais no trimestre.

A Magazine Luiza fechou 94% das lojas em janeiro, 93% em fevereiro e 40% em março, devido ao agravamento da pandemia neste trimestre.

Entre os destaques financeiros, a companhia encerrou o caixa com R$ 5,9 bilhões, sendo R$ 4,5 bilhões em recebíveis e R$ 1,4 bilhão em caixa. A companhia acelerou a venda de cartões Luiza em 17%, para 8,2 bilhões na comparação entre os primeiros trimestres, em base anual.