Lula assina MP que garante Bolsa Família, prorroga isenção sobre combustíveis e pede propostas para retirar estatais da privatização

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São Paulo, 2 de janeiro de 2023 – O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou neste domingo (01/01), no dia que assume o governo, medidas provisórias e decretos que cumprem os compromissos assumidos durante o período eleitoral. Nos atos normativos, Lula inicia a reestruturação da política de controle de armas, garante o pagamento dos R$ 600 para famílias necessitadas, define a estrutura da Presidência da República e dos ministérios e o combate ao crime ambiental, entre outros.

 

Por meio da edição de medida provisória, o presidente garante o pagamento de R$ 600 para todas as mais de 21 milhões de famílias beneficiárias do programa de transferência de renda vigente no país. Lula também prorrogou, por mais 60 dias, a isenção de tributos federais nos combustíveis.

 

Lula também assinou MP que cria a nova estrutura ministerial, composta por 37 ministérios.

 

Controle de armas

 

O presidente Lula assinou decreto que dá início ao processo de reestruturação da política de controle de armas no país. Com o objetivo de ampliar a segurança da população brasileira, o decreto reduz o acesso às armas e munições e suspende o registro de novas armas de uso restrito de Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs). Também suspende as autorizações de novos clubes de tiro até a edição de nova regulamentação.

 

O decreto condiciona a autorização de porte de arma à comprovação da necessidade – atualmente, bastava uma simples declaração. E determina o recadastramento no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), da Polícia Federal, em 60 dias, de todas as armas adquiridas a partir da edição do Decreto n° 9.785, de 2019.

 

Entre as restrições estabelecidas pelo decreto assinado pelo presidente Lula estão a proibição do transporte de arma municiada, a prática de tiro desportivo por menores de 18 anos e a redução de seis para três na quantidade de armas para o cidadão comum, entre outras. Pelo decreto, o presidente determinou a criação de um grupo de trabalho que terá 60 dias para apresentar uma proposta de nova regulamentação do Estatuto do Desarmamento.

 

Combate ao crime ambiental e ao desmatamento

 

Na solenidade no Palácio do Planalto, o presidente da República assinou decreto que reestabelece o combate ao desmatamento na Amazônia, no Cerrado e em todos os biomas brasileiros. Dessa maneira, Lula marca a retomada do compromisso brasileiro com a agenda climática global, informou o novo governo.

 

Por meio de despacho, o presidente determinou ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima que apresente, em 45 dias, uma proposta de nova regulamentação para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

 

Em outro decreto assinado neste domingo, Lula reestabelece o Fundo Amazônia e viabiliza a utilização de R$ 3,3 bilhões em doações internacionais para combater o crime ambiental na Amazônia.

 

Também por meio de decreto, o presidente revoga medida do governo anterior que incentivava o garimpo ilegal na Amazônia, em terras indígenas e em áreas de proteção ambiental.

 

Sigilos indevidos e decretos segregadores

 

Com a edição de dois decretos, o presidente Lula revoga normas impeditivas, criadas pelo governo Bolsonaro, como o decreto que segregava crianças, jovens e adultos com deficiência, impedindo o acesso à educação inclusiva, e o decreto que criou barreiras para a participação social na discussão e elaboração de políticas públicas.

 

O presidente também assinou um despacho determinando que a Controladoria-Geral da União reavalie, no prazo de 30 dias, as inúmeras decisões do ex-presidente que impuseram sigilo indevido sobre documentos e informações da Administração Pública.

 

Lula determinou aos ministros e às ministras que encaminhem propostas para retirar do processo de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), entre outras.

 

Veja o resumo da lista dos primeiros atos assinados pelo presidente Lula no governo:

 

– Assinatura da MP que modifica a estrutura do governo e os ministérios

 

– Assinatura da MP que garante R$ 600 de Bolsa Família para os mais pobres

 

– Assinatura da MP que desonera os combustíveis no Brasil

 

– Assinatura do decreto de armamentos, que inicia o processo de reestruturação da política de controle de armas no país

 

– Assinatura de decreto que restabelece o combate ao desmatamento na Amazônia

 

– Assinatura de decreto que restabelece o Fundo Amazônia e viabiliza R$ 3 bilhões de doações internacionais para combater crimes ambientais

 

– Revogação de decreto que incentivava garimpo ilegal na Amazônia

 

– Inclusão de pessoas com deficiência na educação: decreto que extingue a segregação

 

– Decreto que remove impedimentos à participação social na construção de políticas públicas

 

– Despacho que determina que a CGU reavalie em 30 dias as decisões que impuseram sigilo indevido sobre informações da administração pública

 

– Despacho que determina a ministros encaminhem proposta para retirar de programas de desestatização empresas públicas como Petrobras, Correios e EBC

 

– Despacho que determina que ministro de estado elabore propostas de recriação do Pro-Catadores

 

– Despacho para que Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas proponha, em 45 dias, nova regulamentação para o Conama.

 

Na cerimônia de posse dos novos ministros, depois da assinatura do documento por eles e pelo presidente, a equipe posou para a foto oficial. A nova estrutura de governo é composta por 37 ministérios.

 

Tomaram posse neste domingo:

 

Sônia Guajajara – Minstério dos Povos Indígenas

 

Rui Costa – Casa Civil

 

Flávio Dino – Ministério da Justiça e Segurança Pública

 

Fernando Haddad – Ministério da Fazenda

 

Simone Tebet – Ministério do Planejamento e Orçamento

 

Aniele Franco – Ministério da Igualdade Racial

 

Cida Gonçalves – Ministério das Mulheres

 

José Múcio Monteiro – Ministério da Defesa

 

Mauro Vieiria – Ministério das Relações Exteriores

 

Renan Filho – Ministério dos Transportes

 

Nísia Trindade – Ministério da Saúde

 

Margareth Menezes – Ministério da Cultura

 

Ana Moser – Ministério do Esporte

 

Carlos Fávaro – Ministério da Agricultura

 

Camilo Santana – Ministério da Educação

 

Alexandre Silveira – Ministério de Minas e Energia

 

André de Paula – Ministério da Pesca e Aquicultura

 

Luciana Santos – Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

 

Marina Silva – Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas

 

Simone Tebet – Ministério do Planejamento

 

Esther Dweck – Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos

 

Carlos Lupi – Ministério da Previdência

 

Waldez Góes – Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional

 

Alexandre Padilha – Secretaria de Relações Institucionais

 

Daniela Carneiro – Ministério do Turismo

 

Silvio Almeida – Ministério dos Direitos Humanos

 

Margareth Menezes – Ministério da Cultura

 

Márcio França – Ministério dos Portos e Aeroportos

 

Paulo Teixeira – Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura familiar

 

Juscelino Filho – Ministério das Comunicações

 

Luiz Marinho – Ministério do Trabalho e Emprego

 

Márcio Macedo – Secretaria-Geral da Presidência da República

 

Vinícius Marques Carvalho – Controladoria-Geral da União (CGU)

 

Jorge Messias – Advocacia-Geral da União (AGU)

 

Gonçalves Dias – Gabinete de Segurança Institucional (GSI)

 

Geraldo Alckmin – Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços

 

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