São Paulo, SP – A Usiminas divulgou ontem o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 544 milhões, recuo de 57% na comparação com o mesmo período de 2022. Em relação ao quarto trimestre de 2022, o lucro líquido foi R$ 1,4 bilhão superior em relação ao prejuízo de R$ 839 milhões.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado totalizou R$ 783 milhões, queda de 50% em relação ao mesmo período de 2022. A receita líquida alcançou R$ 7,3 bilhões, recuou de 5,3% na comparação com o quarto trimestre de 2022, com menores registros em todas as Unidades.
A margem Ebitda ajustada chegou a 11%, recuou de 9 pontos percentuais em comparação a margem registrada em no primeiro trimestre de 2022.
O custo dos produtos vendidos CPV totalizou R$6,4 bilhões, redução de 7,5% em comparação com ao quarto trimestre de 2022 (R$6,9 bilhões), com redução em todas as Unidades.
As despesas com vendas foram de R$ 109 milhões, 13,8% inferiores ao trimestre anterior (R$126 milhões), com menores despesas com vendas em todas as Unidades de Negócio.
As despesas gerais e administrativas totalizaram R$ 140 milhões, 18,2% inferiores ao trimestre anterior (R$ 171 milhões), principalmente com menores despesas na Unidade de Siderurgia.
Outras receitas (despesas) operacionais totalizaram R$ 141 milhões negativos, 91% inferiores ao trimestre anterior (R$1,6 bilhão negativos), principalmente pelo registro de R$ 1,4 bilhão negativos na conta de Impairment no trimestre anterior, sem efeito no Ebitda Ajustado.
Assim, as receitas (despesas) operacionais foram de R$ 389 milhões negativos contra R$ 1,9 bilhão negativos no último trimestre de 2022.
O resultado financeiro foi de R$ 193 milhões, 2,9% superior ao resultado apresentado no trimestre anterior (R$ 188 milhões), advindo de maiores receitas financeiras e menores despesas financeiras na comparação com o trimestre anterior, parcialmente compensado por menores ganhos cambiais no período.
O capex totalizou R$ 580 milhões, 33,0% inferior ao último trimestre de 2022 (R$ 867 milhões), sendo 93,5% na Unidade de Siderurgia, 5,7% na Unidade de Mineração, e 0,8% na Unidade de Transformação.
A dívida líquida era de R$ 284 milhões, 74,9% inferior à dívida líquida no final do trimestre anterior (R$ 1,1 bilhão). A variação entre os períodos deve-se, principalmente, ao aumento de caixa, e ao efeito da variação cambial na dívida da companhia.
O volume de produção de minério alcançou 1,8 milhão de toneladas, o que representa uma redução de 21,4% em comparação ao último trimestre de 2022 (2,3 milhões de toneladas). O menor volume de produção se deu principalmente por maiores níveis de chuvas devido à sazonalidade climática usual no primeiro trimestre do ano, e manutenção preventiva nas plantas.
O volume de vendas de minério atingiu 1,9 milhão de toneladas, inferior em 21,5% ao último trimestre de 2022 (2,4 milhões de toneladas), acompanhando o volume de produção do período e restrições na disponibilidade de transporte ferroviário externo em consequência das chuvas.
A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 717 mil toneladas, superior em 10,3% em relação ao último trimestre de 2022 (650 mil toneladas). A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 971 mil toneladas, representando uma redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior (1.004 mil toneladas). Ao todo foram processadas 489 mil toneladas de placas adquiridas, inferior às 499 mil toneladas alcançados no último trimestre de 2022.
O volume de vendas totais somou 1.035 mil toneladas de aço, 7,4% superiores em relação ao último trimestre de 2022 (963 mil de toneladas). No mercado interno, as vendas foram de 934 mil toneladas, um aumento de 7,1% em relação ao último trimestre de 2022 (872 mil toneladas). As exportações foram de 101 mil toneladas, 10,0% superior ao último trimestre de 2022 (92 mil toneladas). O volume de vendas foi 90% destinado ao mercado interno e 10% às exportações, igual ao alcançado no último trimestre de 20022.
PROJEÇÕES
A companhia divulgou também suas projeções acerca dos volumes de vendas de aço da Unidade de Siderurgia para o segundo trimestre de 2023. O volume projetado de vendas aço pela unidade de siderurgia deve ser entre 900 mil a 1 milhão de toneladas de aço.
