Lucro líquido da Copel recua 5,1% no 1° trimestre de 2023

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São Paulo, SP – A Copel divulgou ontem o balanço do primeiro trimestre de 2023, com lucro líquido de R$ 635,5 milhões, recuou 5,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

Considerando itens não recorrentes, o lucro líquido ajustado do primeiro trimestre de 2023 foi de R$ 669,1 milhões, alta de 2,9% na comparação com o mesmo período de 2022, que alcançou R$ 650,3 milhões.

“Destaca-se, o acréscimo de R$ 32,3 milhões (+10,1%) na rubrica “depreciação e amortização”, devido, principalmente, a entrada em operação do Complexo Eólico de Jandaíra, a aquisição dos Complexos Eólicos Aventura e Santa Rosa & Mundo Novo e do aumento nos investimentos da Copel Distribuição”, explicou a companhia.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,617 bilhão, alta de 10,7% em comparação ao primeiro trimestre de 2022. A receita operacional líquida chegou a R$ 5,53 bilhões, queda de 1% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo, sobretudo, do aumento de 31% no desempenho da Copel Distribuição (Ebitda ajustado de R$ 507,9 milhões, ante R$ 387 milhões no primeiro trimestre de 2022), além do reajuste tarifário de junho de 2022 da Copel Distribuição, com efeito médio de 16,5% nas tarifas de uso do sistema de distribuição (TUSD), e da redução de 77,4% com provisões e reversões (em termos recorrentes) do grupo Copel.

A receita operacional líquida chegou a R$ 5,53 bilhões, queda de 1% em relação ao mesmo trimestre de 2022. Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 4,42 bilhões, queda de 2,4% em comparação aos R$ 4,53 bilhões registrados no mesmo período de 2022.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 333,1 milhões, ante R$ 213,2 milhões negativo registrado no mesmo período de 2022, reflexo, sobretudo, do maior saldo de empréstimos e financiamentos (R$ 14,7 bilhões vs R$ 11,8 bilhões no primeiro trimestre de 2022) e dos juros mais elevados no período (CDI de 3,22% ante 2,41% no primeiro trimestre de 2022).

As receitas financeiras registraram queda de R$ 19,2 milhões (-7,4%), consequência, basicamente, da queda de 27,3% em acréscimos moratórios sobre faturas de energia e
da menor receita com variação cambial da energia elétrica de Itaipu.

A geração de energia da Copel Geração e Transmissão e seus parques eólicos foi de 6.430 GWh, contra 3.626 GWh no primeiro trimestre de 2022. O aumento deve-se, para as usinas hidrelétricas, à melhoria das condições meteorológicas da Região Sul e, para as usinas eólicas, à entrada em operação comercial de Jandaíra e a aquisição dos Complexos Eólicos Aventura e Santa Rosa & Mundo Novo (SRMN).

O total da dívida consolidada da Copel somava R$ 14,7 bilhões em 31 de março de 2023, variação de 18,2% em relação ao montante registrado em 31 de dezembro de 2022, de R$ 12,4 bilhões. O endividamento bruto representa 67,6% do patrimônio líquido consolidado, que é de R$ 21,7 bilhões.