Banco da Inglaterra aumenta as taxas em 0,25 pp

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Sede do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) / Foto: BoE

O Banco da Inglaterra (BoE) divulgou sua nova política monetária, na qual aumenta a taxa de juros em 0,25 pp, que vai agora para 4,5%. Foram sete votos a favor da subida, e dois para manter as taxas em 4,25%.

Os membros do comitê de política monetária (MPC, da sigla em inglês) preveem que até o quarto trimestre de 2023 as taxas deverão subir para 4,75%. Eles acreditam que, em um curto prazo, as notícias são mais positivas. “Os riscos permanecem, mas, na ausência de um novo choque, é provável que haja apenas um pequeno impacto no PIB do aperto das condições de crédito relacionadas aos recentes desenvolvimentos do setor bancário global. A inflação vem caindo nos Estados Unidos e na zona do euro, embora as medidas de núcleo da inflação permaneçam elevadas”, diz a nota do banco.

O MPC acha que o PIB britânico fique estável no primeiro semestre de 2023, mesmo com a aproximação do verão no hemisfério norte. “A perspectiva melhorada reflete um crescimento global mais forte, preços de energia mais baixos, o apoio fiscal no Orçamento da Primavera e a possibilidade de que um mercado de trabalho apertado leve a uma menor poupança preventiva das famílias”.

Sobre a taxa de desemprego, o banco acredita que ele continuará baixo, por conta do mercado de trabalho aquecido. Já o índice de preços ao consumidor, que registrou alta de 10,2% no primeiro trimestre de 2023, continua elevado, mas com perspectiva de queda.

“A inflação deve cair acentuadamente a partir de abril, em parte porque grandes aumentos no nível de preços um ano atrás saíram da comparação anual. No entanto, a inflação dos preços dos alimentos deverá recuar mais lentamente do que o anteriormente esperado. Juntamente com as notícias sobre os preços de outros bens, isso explica por que a expectativa modal do Comitê para a inflação agora recua mais lentamente do que no relatório de fevereiro”.

Os membros reforçam que o ritmo de aperto da política monetária dependerá do andamento da economia, especialmente porque ainda há muita incerteza no panorama global. “O MPC continuará monitorando de perto as indicações de pressões inflacionárias persistentes, incluindo o aperto das condições do mercado de trabalho e o comportamento do crescimento salarial e da inflação de preços de serviços. Se houver evidências de pressões mais persistentes, seria necessário um maior aperto na política monetária”, conclui a nota.