Lucro líquido da Braskem sobe 56% e soma R$ 3,9 bilhões

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Foto: Divulgação/Braskem

São Paulo – A Braskem registrou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$ 3,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 56% na comparação anual, representando R$ 4,88 por ação ordinária e ação preferencial classe A.

A receita líquida somou R$ 26,7 bilhões no período, 18% maior que o visto na base anual, explicado pelo aumento em dólar (+27%) e em reais (+21%) é explicado pelo maior preço de PVC.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente recorrente caiu 27% e totalizou R$ 920 milhões na mesma base de comparação.

No âmbito operacional, a demanda de resinas no mercado brasileiro (PE, PP e PVC) foi de 1,3 milhão de toneladas, retração de 17% ante o mesmo trimestre do ano passado, em função do efeito de recomposição de estoques na cadeia de transformação no 1T21 após impactos do COVID.

As vendas de resina no Brasil caíram 7% e somaram 885 mil toneladas no período, em função, principalmente, da menor demanda de resinas no mercado brasileiro, em função do efeito de recomposição de estoques na cadeia no 1T21 após impactos do COVID.

Os spreads de petroquímicos de resinas foram de US$ 488 por tonelada, uma queda de 44% no primeiro trimestre na comparação anual. O preço de resina no período caiu 4% e somou US$ 1.369 por tonelada.

Ao final do trimestre, a dívida líquida ajustada da petroquímica era de US$ 4,7 bilhões, 4% inferior que o visto no mesmo período do ano passado. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida ajustada por ebitda recorrente, encerrou o período em 1 vezes, queda de 44% na mesma base de comparação.

JOINT VENTURE

A companhia informou hoje que, por meio da sua subsidiária integral Braskem Netherlands B.V., assinou contrato para formação de joint venture sediada nos Países Baixos, com a Terra Circular, cujo sócio majoritário desenvolveu e implementou tecnologia inovadora capaz de converter resíduos plásticos de baixa qualidade em produtos finais.

No comunicado, a empresa afirma que mediante a assinatura do contrato e uma vez atendidas as condições precedentes, a Braskem se tornará controladora da joint venture com a possibilidade de estender o uso dessa tecnologia para outras regiões.

A Terra Circular aportará na joint venture as ações de sua subsidiária ER Plastics, empresa com capacidade nominal de reciclar mecanicamente 23 mil toneladas por ano de resíduos plásticos mistos em peças moldadas por compressão (placas para uso em construção e paletes).

Por fim, a Braskem destaca que a operação está em linha com um dos Macro Objetivos em Desenvolvimento Sustentável da companhia “que foca a solução para destinação adequada dos resíduos plásticos alcançando vendas de 300 mil toneladas de produtos com conteúdo reciclado até 2025, fomentando projetos voltados para a economia circular, através de reciclagem mecânica e reciclagem avançada”.