Lucro líquido consolidado da Ambev cresce 24,9% no 3° trimestre

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Cervejaria da Ambev/Divulgação

São Paulo, SP – A Ambev divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido consolidado de R$ 4,015 bilhões, alta de 24,9% em comparação ao mesmo período do ano passado. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 6,584 bilhões, alta de 17,6% na comparação anual, com aumento da margem Ebitda ajustada, passando de 27,2% para 32,4%.

A receita líquida reportada foi de R$ 20,3 bilhões, queda de 1,3% em relação ao terceiro trimestre do ano passado. Já a receita líquida orgânica subiu 19,3%. A companhia disse que os resultados são reflexo de uma combinação do desempenho resiliente da receita líquida, apesar da queda de 2,0% no volume, juntamente com ventos favoráveis no câmbio e nas commodities (particularmente alumínio) nos custos, e maior eficiência em termos de despesas de distribuição e administrativas.

O fluxo de caixa das atividades operacionais aumentou 29,7% em relação aos R$ 6,109 bilhões, devido ao crescimento do EBITDA Ajustado aliado ao melhor desempenho do capital de giro.

O resultado financeiro líquido totalizou R$ (837,9) milhões, uma redução de R$ 413,2 milhões em relação ao terceiro trimestre de 2022. O desempenho da receita líquida foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (ROL/hl) de 21,7%. A receita líquida cresceu na maioria das nossas unidades de negócios reportadas: LAS2 +73,3%, CAC +22,2%, Cerveja Brasil +5,5% e NAB Brasil +5,1%, enquanto no Canadá diminuiu 7,3%, impactada pela queda de volume.

“O momentum do Brasil continuou no trimestre, liderado por Cerveja Brasil, onde nossos esforços contínuos em torno de premiumização, inovação e plataformas digitais (B2B e DTC) continuaram a gerar resultados. Nossas marcas de cerveja premium e super premium (lideradas por Corona, Spaten, Stella Artois e Original) cresceram acima de 10% (low teens), superando a indústria, com ganhos de participação de mercado (de acordo com nossas estimativas) e melhor saúde de marca. Mais de 92% de nossos clientes estão comprando por meio do BEES, levando a um nível de serviço (NPS) que se mantém no patamar mais alto de todos os tempos, enquanto o BEES Marketplace atingiu 81% dos clientes do BEES, com o Valor Bruto de Mercadorias (GMV) crescendo sequencialmente e 32% em relação ao mesmo período do ano passada, e entregando um montante anualizado de R$ 1,8 bilhão. O Zé Delivery continuou expandindo cobertura e awareness, totalizando 4,7 milhões de Usuários Ativos Mensais (MAU) neste trimestre, alta de 9% na comparação anual, com o GMV aumentando 8%”, detalhou o balanço da companhia.

Na Cerveja Brasil, a indústria foi ligeiramente positiva, enquanto os volumes caíram 1,1%, impulsionados principalmente por marcas value. A receita líquida aumentou 5,5%, com ROL/hl crescendo sequencialmente e 6,8% (i.e., acima da inflação) versus terceiro trimestre de 2022, impulsionada pela contínua execução disciplinada da estratégia de gestão de receita em um ambiente de desaceleração inflacionária combinada com mix de marcas positivo. O CPV/hl excluindo depreciação e amortização (excluindo a venda de produtos de marketplace não Ambev) caiu 1,9% principalmente em razão dos ventos favoráveis no câmbio e nas commodities, menor inflação em geral e eficiências no footprint, enquanto o SG&A excluindo depreciação e amortização diminuiu 4,4% graças a menores despesas de distribuição (preços do diesel mais baixos) e despesas administrativas.

No Brazil NAB, a execução consistente da estratégia comercial combinada com o maior alcance de distribuição proporcionado pelo BEES impulsionou o crescimento de volume de 2,8%. A receita líquida cresceu 5,1% com a ROL/hl crescendo 2,3%, uma vez que as iniciativas de gestão de receita foram parcialmente compensadas pelo aumento da base tributável do ICMS para refrigerantes. O CPV/hl excluindo depreciação e amortização subiu 4,5%, principalmente devido ao preço do açúcar e à inflação geral de não-commodities, parcialmente compensada pelos ventos favoráveis no câmbio e no alumínio.

Na América Central e Caribe (CAC), os volumes voltaram a crescer no trimestre (+13,6%),
impulsionados pela República Dominicana em razão de uma melhor indústria de cerveja. A receita líquida aumentou 22,2%, com a ROL/hl crescendo 7,6%, impulsionada principalmente por iniciativas de gestão de receita. A região continuar a se beneficiar de uma desaceleração do CPV/hl excluindo depreciação e amortização (dados os preços mais baixos das commodities e menos importações) e eficiências no SG&A excluindo depreciação e amortização.

Na América Latina (LAS), os volumes diminuíram 9,4% principalmente devido aos impactos das pressões inflacionárias sobre a demanda geral do consumidor na Argentina. A receita aumentou 73,3%, com a ROL/hl aumentando em 91,4% (i.e., acima do índice de inflação ponderado da região), impulsionada principalmente por iniciativas de gestão de receita.

No Canadá, o desempenho desafiador das indústrias de cerveja e beyond beer, juntamente com uma base de comparação difícil em Quebec, levou os volumes a caírem 13,1%, impactando o desempenho da receita líquida (-7,3%), apesar de um crescimento de 6,7% da ROL/hl impulsionado por iniciativas de gestão de receita e ajudado por mix positivo de marcas e embalagens. O EBITDA Ajustado cresceu 3,5%, com a margem EBITDA Ajustado expandindo 310 pb à medida que a região continua a se beneficiar de uma desaceleração do CPV excluindo depreciação e amortização e de eficiências de SG&A excluindo depreciação e amortização.