Lucro líquido ajustado da Equatorial sobe 49,2% no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Equatorial atingiu um lucro de R$ 671 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), enquanto o lucro líquido ajustado do período foi de R$ 374 milhões, R$ 89 milhões maior que o mesmo período do ano anterior. A companhia atribuiu o resultado a efeitos não recorrentes referentes, principalmente, a atualização de contingências que ocorreu na Equatorial Goiás.

A receita operacional líquida subiu 41,7% no período, para R$ 9,2 bilhões, na base anual.

Já o ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado trimestral teve alta de 43,6%, para R$ 2,2 bilhões, quando comparado com o mesmo período de 2022, já descontados os efeitos não caixa de VNR, IFRS e MtM, aumento de 44%, com destaque para o aumento de margem bruta das distribuidoras consolidadas no 2T22, a consolidação da Equatorial Goiás e com controle nas despesas operacionais.

O volume total de energia distribuída da empresa atingiu 13.071 gigawatts-hora (GWh), crescimento consolidado de 6,8% em relação ao 2T22.

No segundo trimestre do ano, o montante de energia faturada no mercado cativo + TUSD da Energisa foi de 9.449,5 gigawatts-hora (GWh), alta de 2,9% em comparação com o mesmo período de 2022. A energia faturada no semestre totalizou 18.855,6 GWh, crescimento de 1,4%.

As perdas totais consolidadas, na visão acumulada 12 meses, recuaram em comparação ao trimestre anterior encerrando o período com o nível consolidado de 18,6% sobre energia injetada (considerando todos os ativos), posicionando o grupo a cerca de 0,6 p.p. do nível regulatório consolidado.

A companhia registrou redução do DEC, na visão acumulada 12 meses, em todas as distribuidoras no comparativo com 2T22. Destaque para Maranhão, Amapá, Alagoas, Piauí e Pará, que reduziram em 12,5h, 9,0h, 7,4h, 4,0h e 4,0h, respectivamente.

A energia gerada líquida totalizou 897 GWh, volume 6,4% superior ao 2T22, refletindo o melhor recurso eólico disponível no período.

Os investimentos consolidados totalizaram R$ 2,7 bilhões no 2T23, impulsionado pelos investimentos em distribuição com R$ 900 milhões em companhias com corte da base neste trimestre e R$ 600 milhões no desenvolvimento do pipeline de renováveis.

O número de consumidores aumentou 2,3%, a 8.495 unidades. Já o número de colaboradores próprios era de 16,570 mil, redução de 2,4%.

Ao final de junho, o endividamento líquido da Energisa foi de R$ 22,237 bilhões, aumento de 6,7%. Já os investimentos aumentaram 8,1% no trimestre, para R$ 1,731 bilhão. No acumulado do ano até junho, os aportes totalizaram R$ 3,086 bilhões, elevação de 2,8% na base anual de comparação.

A relação Dívida Líquida / EBITDA consolidado na visão covenant, encerrou o 2T23 em 3,8x, apresentando redução pelo segundo trimestre consecutivo e refletindo a trajetória orgânica de desalavancagem.

A companhia concluiu um aumento de capital, em 17 de julho, com capitalização dos dividendos em R$ 385,1 milhões, contribuindo positivamente para sua liquidez.

PROGRAMA DE RECOMPRA DE AÇÕES

A Equatorial anunciou, na noite de quinta-feira, que o seu conselho de administração aprovou a criação do programa de alienação de ações ordinárias da companhia, que prevê a aquisição de até 28.870.100 papéis em 18 meses, encerrando-se em 8 de fevereiro de 2025. O objetivo é alienar ações atualmente mantidas em tesouraria por ser considerada excessiva a quantidade atualmente mantida, contribuindo para a gestão da alavancagem da companhia.

Em 10 de agosto, existiam um total de 1.145.347.190 ações, todas ordinárias, sendo 28.870.100 mantidas em tesouraria e 1.116.477.090 em circulação no mercado.