Lucro da Vale cresce 76% no trimestre; preço do minério sobe com demanda chinesa

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São Paulo – O lucro líquido da Vale somou US$ 2,908 bilhões no terceiro trimestre, o que representa um aumento de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita somou US$ 10,762 bilhões, uma alta de 5,3%.

Segundo a empresa, o melhor resultado deveu-se principalmente ao ebtida maior no trimestre e a melhora no resultado de participações, já que no segundo trimestre foi fortemente impactado pelas provisões de despesas futuras com Samarco e Fundação Renova.

Os efeitos positivos foram parcialmente compensados por maiores despesas financeiras, principalmente devido a maior marcação a mercado das debêntures participativas e a reavaliação do valor justo das garantias financeiras emitidas pela Vale.

O ebtida ajustado subiu 32,4% nos três meses encerrados em setembro ante o mesmo período do ano anterior, para US$ 6,095 bilhões.

Por área de negócio, a receita operacional líquida de Minerais Ferrosos cresceu 4,3% no terceiro trimestre, para US$ 8,684 bilhões, em base anual, enquanto em Carvão a receita foi de US$ 103 milhões, queda de 57,2%, na mesma base de comparação. Em Metais Básicos, a receita subiu 24,5% e somou US$1,904 bilhão no trimestre em termos anuais.

No trimestre, o preço médio realizado do minério de ferro foi de US$ 118 por tonelada, um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período de 2019, puxado pela forte demanda chinesa, que reagiu fortemente aos estímulos governamentais e distúrbios na cadeia de fornecimento. Em Pelotas, o preço médio ficou em US$ 141,2 por tonelada, queda de 2%.

No carvão, o preço médio praticado pela Vale caiu 30,5% no terceiro trimestre, para US$ 74,4 por tonelada.

Os custos e outras despesas da mineradora somaram US$ 5,349 bilhões no período, queda de 15,7% na comparação anual, enquanto com Brumadinho as despesas caíram 49,3% e alcançaram US$ 114 milhões.

Os investimentos da Vale somaram US$ 895 milhões no trimestre, 045% maio do que o visto no mesmo período do ano anterior. Entre julho e setembro, o fluxo de caixa livre das operações era de US$ 3,751 bilhões, impulsionado pelo ebitda e pelo pequeno aumento no capital de giro entre produção e vendas.

Ao final do terceiro trimestre trimestre, a dívida líquida era de US$ 4,474 bilhões, queda de 16% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda ajustado, foi de 0,3 vez ante 0,5 vez do mesmo período do ano anterior.