Lucro da Usiminas recua 67% no terceiro trimestre, a R$ 609 milhões

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São Paulo, SP – A Usiminas divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 609 milhões, queda de 67% em relação ao mesmo período de 2021, quando a companhia reportou lucro de R$ 1,8 bilhão de lucro líquido.

Em seu relatório, a companhia disse que o resultado é reflexo do menor lucro operacional antes do resultado financeiro no período, parcialmente compensado pelas receitas financeiras registradas no trimestre. O lucro bruto foi de R$ 1 bilhão, 54,1% inferior em relação ao segundo trimestre de 2022.

A receita líquida totalizou R$ 8,4 bilhões, recuo de 7% em relação ao mesmo
período de 2021. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização)
ajustado foi de R$ 836 milhões, queda de 71% na comparação anual.

Segundo o balanço, a redução ocorreu como consequência de menores preços internacionais de minério (redução de 25% no preço médio de referência em US$ do minério de ferro 62% Fe), menor volume de vendas no trimestre e pela maior proporção de vendas sem frete marítimo, efeitos que foram parcialmente compensados pela desvalorização de 6,5% do Real frente ao Dólar na média do trimestre.

O custo dos produtos vendidos (CPV) totalizou R$ 7,4 bilhões, aumento de 17,1% em relação ao segundo trimestre de 2022, com aumento na Unidade de Siderurgia e de Transformação do Aço.

As despesas gerais e administrativas totalizaram R$140 milhões, 4,6% inferiores ao trimestre anterior, principalmente com menores despesas na Unidade de Siderurgia. Outras receitas (despesas) operacionais totalizaram R$ 147 milhões negativos, 21,1% inferiores ao trimestre anterior.

O capex somou R$604 milhões, 41,2% superior ao segundo trimestre de 2022 (R$ 428 milhões), sendo 87,9% na Unidade de Siderurgia, 10,8% na Unidade de Mineração, e 1,2% na Unidade de Transformação.

O setor de mineração na companhia teve um volume de produção de 2,5 milhões de toneladas, um aumento de 7,3% em comparação ao segundo trimestre de 2022 (2,3 milhões de toneladas), principalmente por uma melhor performance operacional das plantas.

O volume de vendas atingiu 2,2 milhões de toneladas, queda de 6,2% em comparação ao segundo trimestre (2,4 milhões de toneladas), principalmente devido ao arrefecimento da demanda de terceiros no mercado interno, gerando um aumento nos níveis de estoques.

A produção de aço bruto na usina de Ipatinga foi de 660 mil toneladas, inferior em 1,6% em relação ao segundo trimestre (671 mil toneladas). A produção de laminados nas usinas de Ipatinga e de Cubatão totalizou 1.037 mil toneladas, representando uma redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior. Foram processadas 512 mil toneladas de placas adquiridas.

O volume de vendas totais somou 1.047 mil toneladas de aço. No trimestre, as vendas totais foram 3,8% inferiores em relação ao segundo trimestre (1.088 mil de toneladas), e 12% inferior em comparação ao terceiro trimestre de 2021. No mercado interno, as vendas foram de 938 mil toneladas, uma redução de 1,0% em relação ao segundo trimestre (948 mil toneladas). As exportações foram de 109 mil toneladas, 22,5% inferior ao segundo trimestre (141 mil toneladas). O volume de vendas foi 90% destinado ao mercado interno e 10% às exportações (ante 87% e 13%, respectivamente, no segundo trimestre).

Na unidade de transformação do aço, a receita líquida foi de R$ 2,6 bilhões, 8,8% superior ao registrado no segundo trimestre de 2022 (R$2,4 bilhões), em função dos maiores volumes vendidos e preços praticados. As vendas das unidades de negócio Distribuição, Serviços/JIT e Tubos foram responsáveis por respectivos 27,2%, 67,6% e 5,3% do volume vendido.

PROJEÇÕES

A companhia também divulgou a projeção para o volume de venda de aço da unidade de Siderurgia para o quarto trimestre de 2022, que deve ficar entre 850 e 950 mil toneladas. A previsão para as despesas financeiras líquidas, recuaram de R$150 milhões para R$ 50 milhões para o ano de 2022.

No comunicado, a companhia disse que as projeções divulgadas são meras previsões, não constituem promessa de desempenho e apenas refletem as expectativas atuais da
administração em relação ao futuro da Usiminas.

“Tais projeções dependem de fatores e condições de mercado que escapam do controle da companhia, podendo, assim, diferir em relação aos números e resultados a serem efetivamente registrados pela companhia no ano de 2022”, explicou a nota.