Lucro da Ambev cai 45,6% no 4T21, para R$ 3,75 bilhões

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Foto divulgação: Ambev

São Paulo – O lucro líquido da Ambev diminuiu 45,6% no quarto trimestre de 2021, para R$ 3,75 bilhões, enquanto a receita líquida cresceu 18,6%, para R$ 22,01 bilhões.
Em termos ajustados, que excluem dos resultados os chamados Itens não recorrentes – receitas ou despesas que não ocorrem no curso normal das atividades da Ambev -, o lucro líquido diminuiu 44,6% no quarto trimestre de 2021, para R$ 3,89 bilhões. A companhia atribuiu o resultado principalmente, a créditos fiscais não recorrentes em 2020. Em 2021, o lucro ajustado totalizou R$ 13.472,3 milhões contra R$ 12.104,3 milhões em 2020 (+11,3%).
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em termos ajustados diminuiu 24,1%, para R$ 6,7844 bilhões.
O volume de vendas da Ambev cresceu 0,8%, para 51,37 bilhões de hectolitros, enquanto o custo dos produtos vendidos foi negativo em R$ 8,2 bilhões, alta de 28,0%. “Nossas operações internacionais cresceram 6,8% em volume no 4T21: América Latina Sul +8,7%, Canadá +4,3% e América Central e Caribe (“CAC”) +2,5%. Cerveja Brasil reduziu em 3,1%, impactado por uma indústria fraca e por base de comparação difícil no 4T20. NAB Brasil cresceu 1,9%”, disse a companhia.
No Brasil, o maior mercado da Ambev em termos de volume, as vendas caíram 1,9%, para 34,06 bilhões de hectolitros, enquanto a receita no país cresceu 7,0%, para R$ 10,84 bilhões. Os custos da companhia no mercado brasileiro cresceram 22,5%, para R$ 4,3 bilhões, enquanto o ebitda ajustado diminuiu 19,6%, para R$ 3,2 bilhões.
A Ambev vendeu 25,6 milhões de hectolitros de cerveja no Brasil no quarto trimestre de 2021, o que representa queda de 3,1%, em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida com venda de cerveja no Brasil cresceu 5,9%, para R$ 9,2 bilhões, enquanto os custos de venda somaram R$ 3,6 bilhões, alta de 20,7%.
“Encerramos 2021 consolidando nosso desempenho recorde de receita, com uma mudança de patamar nos volumes graças a ganhos de participação de mercado indústrias em crescimento, e o ebitda ajustado de volta ao crescimento de duplo dígito e acima dos níveis pré-pandemia, apesar de aumentos de custos sem precedentes”, comentou Jean Jereissati, CEO da Ambev, no relatório trimestral.
Em 2021, a companhia destacou “o maior desempenho de volume já registrado (15 milhões de hectolitros vs 2020, 17 milhões de hectolitros vs 2019 e mais de 8 milhões de hectolitros acima de 2014, o maior até agora”; “crescimento do ebitda ajustado de 10,9% e acima de 2019 em termos nominais, excluindo créditos tributários no Brasil (apesar das pressões de custo da desvalorização cambial no Brasil e na Argentina, e do aumento dos preços das commodities)”.