PIB mundial deve crescer 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025, diz OCDE

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PIB mundial deve crescer 3,1% em 2022 | Foto: Philip Taylor

O relatório Economic Outlook da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado hoje (2) indica um crescimento do PIB global em 3,1% em 2024 e 3,2% em 2025. Segundo o relatório, o panorama global está melhorando, com um crescimento ainda modesto. As condições monetárias restritivas continuam, mas a atividade global é resiliente, a inflação está caindo mais rápido do que o esperado e a confiança do setor privado está aumentando. Os desequilíbrios no mercado de trabalho estão diminuindo, com o desemprego próximo de mínimas históricas, e o comércio está crescendo. No entanto, os resultados variam entre os países, com a Europa e muitos países de baixa renda mostrando resultados mais fracos, enquanto os Estados Unidos e muitas economias emergentes têm um forte crescimento.

Os riscos globais estão mais equilibrados, mas as tensões geopolíticas e os desafios econômicos, como a alta dívida e as pressões de gastos, continuam. Políticas monetárias prudentes e reformas estruturais são necessárias para sustentar o crescimento e controlar a inflação. A cooperação internacional é essencial para enfrentar os desafios globais, como a descarbonização e a redução da dívida nos países de baixa renda.

O crescimento global, que desacelerou no segundo semestre de 2023, deve se estabilizar e depois aumentar ligeiramente até 2024-25. Isso é impulsionado pelo ímpeto melhor do que o esperado nos Estados Unidos e em algumas economias emergentes, e pela desinflação mais rápida do que o projetado, levando a um relaxamento da política monetária. Estímulos políticos na China também devem ajudar, apesar da fraqueza no setor imobiliário.

Na Europa, a desaceleração da inflação deve sustentar a melhoria na atividade. O crescimento global do PIB é projetado em 3,1% em 2024, subindo para 3,2% em 2025. Isso é mais fraco do que antes da crise financeira global, mas próximo das taxas de crescimento potencial. As taxas de juros devem começar a cair em muitas economias devido à queda da inflação, mas as taxas reais permanecerão restritivas por algum tempo. A política fiscal será ligeiramente restritiva na maioria dos países da OCDE.

De acordo com o relatório, as tensões geopolíticas elevadas, especialmente no Oriente Médio, representam um risco significativo para os mercados energéticos e financeiros. Interrupções no comércio de petróleo e gás natural liquefeito pelo Estreito de Ormuz, que não possui alternativas viáveis, teriam impactos significativos. Um cenário ilustrativo prevê um aumento nos preços do petróleo, com implicações financeiras globais, incluindo uma queda nas ações globais e taxas de juros mais altas.