Lucro ajustado do Bradesco cai 22,8% no 3° trimestre

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São Paulo, SP – O lucro líquido do Bradesco diminuiu 22,8% no terceiro trimestre, para R$ 5,22 bilhões, enquanto o resultado ajustado – que remove os efeitos de ganhos ou
despesas não recorrentes – ficou positivo em R$ 5,21 bilhões, caindo 21,6% em relação a um ano antes.

A carteira de crédito expandida do Bradesco aumentou 13,6%, para R$ 878,57 bilhões. O valor considera empréstimos, avais, fianças, cartas de crédito, antecipação de recebíveis de cartão de crédito, debêntures, notas promissórias, coobrigação em cessões para certificados de recebíveis imobiliários e crédito rural, cédula do produto rural (CPR), certificados de recebíveis imobiliário (CRI), certificados de direitos creditórios do agronegócio (CDCA) e fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC).

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (RoE, na sigla em inglês) anualizado encolheu 5,6 pontos porcentuais (pp) no terceiro trimestre, para 13%.

A taxa de empréstimos inadimplentes há mais de 90 dias cresceu 1 pp em relação a um ano antes, para 3,5% da carteira de crédito expandida.

A despesa do Bradesco com provisões para devedores duvidosos (PDD) levando em consideração a recuperação de crédito, descontos concedidos e imparidade aumentou 116,4% no terceiro trimestre, para R$ 7,27 bilhões, e o saldo de PDD acumulado até o fim do período foi de R$ 48,79 bilhões, subindo 9,3% em relação a um ano antes.

O presidente executivo do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, afirmou que o lucro líquido de R$ 5,223 bilhões no terceiro trimestre de 2022 está associado ao ciclo de crédito, em comunicado divulgado hoje. “Permanecemos ao lado dos clientes durante toda sua jornada de crédito, e isso se reflete nos nossos números, disse. Entramos agora em um momento de aumento de provisões, tendência que deve se manter até parte de 2023. A inadimplência cresceu no segmento massificado, para pessoas físicas e micro e pequenas empresas.”

Segundo Lazari, o cenário econômico, a inflação e os juros elevados, afetaram a capacidade de pagamento dos clientes. Ele observa, porém, que o comportamento da inadimplência já apresenta sinais de melhora.

Todos os ajustes que efetuamos em 2022 nos permite projetar que a inadimplência deve se estabilizar e depois melhorar no decorrer de 2023.

Lazari completou: Temos convicção na nossa capacidade operacional de entregar um melhor nível de retorno. Vamos perseguir essa meta e continuar os ajustes necessários para retomar a trajetória de rentabilidade.

No terceiro trimestre continuamos focados na transformação do Banco. Somos hoje um dos maiores bancos digitais do Brasil e mantemos presença física em todo o território nacional. De uma forma ou de outra estamos sempre presentes na vida de nossos clientes, acrescentou.

Temos um posicionamento único. A maior e melhor seguradora do Brasil e uma capilaridade que une o físico e o digital. Certamente, oferecemos um leque completo de produtos e serviços financeiros aos clientes, da pessoa física à grande empresa.