Licenciamento total de veículos cresce 20,4% em outubro, na base anual, segundo Anfavea

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Foto: General Motors (GM)

São Paulo – O licenciamento total de veículos – que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceu 20,4% em outubro, para 217.848 unidades, ante 180.907 no mesmo mês de 2022. Ante o mês anterior, o indicador cresceu 10,2%, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). No acumulado do ano, o licenciamento total de veículos somou 1.847.481 unidades, alta de 9,7% frente ao mesmo período de 2022.

Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves cresceram 22,6% em outubro na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 206.819 unidades. Ante setembro, a alta foi de 10,3%. No acumulado do ano, os emplacamentos de leves somaram 1.741.661 unidades, alta de 11,2% frente ao mesmo período de 2022.

O segmento de automóveis cresceu 12% em outubro, impulsionado pela maior demanda das locadoras (+29). No total , as vendas diretas representaram 51% dos emplacamentos, mantendo-se no mesmo patamar do mês anterior.

A venda de caminhões recuou 12,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 9.447 unidades e alta de 7,7% ante setembro. No acumulado do ano, por sua vez, houve queda de 14,9%, a 88.450 caminhões.

No setor de ônibus, os emplacamentos cresceram 12,2% em base anual, a 1.582 unidades. Em relação a setembro, a venda de ônibus cresceu 5,3%. No acumulado do ano, houve acréscimo de 30,5% a 17.370 unidades.

EXPORTAÇÃO

A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 876.868 milhões em outubro, queda de 17,4% ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês anterior, houve alta de 15,4%, segundo a Anfavea. No acumulado do ano, a receita com exportações cresceu 8,1%, chegando a US$ 9,349 bilhões. As exportações cresceram 14%.

Os destaques das exportações foram para o crescimento de 21% para o México e 82% para o Uruguai. Por outro lado, as exportações para a Argentina encolheu 36% em outubro. O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, lembrou que o mercado interno na argentina cresceu, o que mostra que o país deve estar importando de outros países, entre eles, a China.

PRODUÇÃO

Em outubro, foram produzidas 187.182 unidades de veículos leves no Brasil, 0,1% acima que no mesmo mês de 2022. Na comparação mensal, houve recuou de 5,8%, de acordo com Anfavea. A produção não se beneficiou da alta de venda em função do aumento de 27% das importações, representado 57.600 unidades no acumulado do ano.

Já a produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – foi de 199.758 no mês passado, 3,1% inferior em comparação a outubro de 2022 e 4,4% inferior em comparação a setembro.

No acumulado do ano, a produção total recuou 0,6% para 1.950.585 unidades, na comparação anual, enquanto a produção de veículos leves nos dez primeiros meses deste ano subiu 2,6% ante o mesmo período de 2022, para 1.850.889 unidades.

EMPREGOS

A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva recuou 3% na comparação com outubro de 2022, para 100.642 posições. O número é 0,1% superior na comparação com setembro, quando o setor fechou com 100.566 postos de trabalho, informou a Anfavea.

MARCO LEGAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou no início do mês o chamado Marco Legal das Garantias (Lei 14.711 de 2023), que possibilita que um mesmo bem possa ser usado como garantia em mais de um pedido de empréstimo. Mas o presidente vetou trechos que autorizavam a tomada de veículos sem autorização da Justiça. A norma, que estabeleceu novas regras e condições para a realização de penhora, hipoteca ou transferência de imóveis para pagamentos de dívidas.

Segundo o O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o Congresso Nacional deverá derrubar uma série de vetos presidenciais para empréstimos. Ele destacou o veto que retira da nova lei a possibilidade de tomada extrajudicial (sem autorização da Justiça), em caso de inadimplência, de veículos financiados por bancos.

O presidente da Anfavea lamentou os vetos, e disse que a aprovação integral da lei traria agilidade e redução de custos significativos para os bancos e para o poder judiciário. “Custos mais baixo de crédito e uma oferta maior para o consumidor final é muito importante para alavancar o crédito no país. É um importante avanço para a redução do spread bancário”, destacou Leite.

A nova lei tem origem no Projeto de Lei 4.188/21 e, entre outros pontos, permite ao devedor contrair novas dívidas com o mesmo credor da alienação fiduciária original, dentro do limite da sobra de garantia da operação inicial. Os dispositivos vetados poderão ser mantidos ou derrubados por deputados e senadores, que analisarão as mudanças em sessão conjunta do Congresso Nacional.

Com Agência Câmara de Notícias.