Leilão de energia termina com todos os lotes adquiridos e deságio médio de 52,5%

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São Paulo, SP – Com um forte deságio médio sobre a RAP (52.5%), o leilão de transmissão e subestações em sete estados realizado hoje pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) terminou com todos os nove lotes adquiridos.

Os lotes negociados visam a construção, operação e manutenção de 6.184 quilômetros de linhas de transmissão e subestações com capacidade de transformação de 400 megavolt-ampères (MVA). Os empreendimentos serão construídos na Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. O prazo para operação comercial dos empreendimentos varia de 36 a 66 meses, para concessões por 30 anos, contados a partir da celebração dos contratos.

A maior vencedora foi o Consórcio Gênesis, formado pelas empresas The Best Car Transportes de Cargas Nacionais e Internacionais (92,52%) e Entec Empreendimentos Eireli (7,48%). O consórcio ficou com os lotes 1 e 8. Pelo lote 1, o consórcio apresentou oferta de R$ 174,1 milhões, representando um deságio de 66,18% em relação à Receita Anual Permitida (RAP) prevista pela Agência no valor de R$ 514,6 milhões. O investimento estimado do lote é de R$ 3,16 bilhões. Já pelo lote 8, o consórcio apresentou oferta final de R$ 19,5 milhões, com deságio de 55,35% em relação à RAP prevista pela Agência no valor de R$ 43,8 milhões.

A Isa Cteep também conquistou dois lotes (7 e 9). Pelo lote 7, a companhia capturou uma RAP de R$ 218,8 milhões oferecendo um deságio de 41,81% sobre RAP máxima. Já no lote 9, que é menor, a empresa capturou uma RAP R$ 7,46 milhões oferecendo um deságio de 50,36% sobre RAP.

O lote 5 ficou com a Engie, com uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 249,3 milhões, o que representa um deságio de 42,8% frente a RAP inicial proposta pela Aneel. A companhia chegou a ir à final do lote 2, o maior do certame, porém perdeu a disputa com a Rialma.

Já a Eletrobras capturou o Lote 4, que oferece uma RAP de R$ 68,7 milhões, com um deságio de 45,75% sobre a RAP.

Para a Ativa Investimentos, as ações do setor devem subir com o mercado observando que as empresas com maior fôlego financeiro acabaram logrando êxito e não há casos de empresas mais alavancadas, como Taesa e Neoenergia, conquistando novos lotes.