Johnson & Johnson afirma que segunda dose de vacina aumenta proteção

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Foto: Johnson & Johnson

São Paulo – A Johnson & Johnson disse a dose de reforço de sua vacina contra covid-19 administrada dois meses após a primeira injeção aumenta a proteção contra doenças sintomáticas nos vacinados.
“Nossas evidências e estudos de Fase 3 confirmam que a vacina de dose única da Johnson & Johnson oferece proteção forte e duradoura contra hospitalizações relacionadas ao covid-19. Além disso, nossos dados de teste de Fase 3 confirmam ainda mais a proteção contra morte relacionada à doença”, disse o chefe global da Janssen Research & Development, Mathai Mammen, em comunicado.
“Nossa vacina de injeção única gera fortes respostas imunológicas e memória imunológica de longa duração. E, quando um reforço da vacina contra covid-19 da Johnson & Johnson é dado, a força de proteção contra ela aumenta ainda mais”, acrescentou
Dados divulgados de um ensaio clínico em estágio final mostraram que os participantes do estudo em 10 países, incluindo os Estados Unidos, que receberam uma segunda dose da vacina da empresa dois meses após a primeira, tinham 75% de proteção contra o covid-19 sintomático. Os participantes norte-americanos tiveram 94% de proteção contra a doença. A J&J não explicou o motivo da diferença nas taxas de eficácia.
Uma dose dupla da vacina forneceu aos participantes 100% de proteção contra covid-19 grave ou crítica pelo menos duas semanas após a segunda injeção, disse a empresa.
No início deste ano, a companhia disse que uma pesquisa mostrou que uma única dose de sua vacina era 66% eficaz na proteção contra a covid-19 moderada a grave.
“Agora geramos evidências de que uma dose de reforço aumenta ainda mais a proteção contra covid-19 e espera-se que estenda a duração da proteção significativamente”, disse Paul Stoffels, diretor científico da J&J. A empresa disse que compartilhou os dados disponíveis com a Food and Drug Administration (FDA, correspondente à Anvisa no Brasil).
O estudo de duas doses da vacina foi feito em cerca de 32 mil pessoas com 18 anos ou mais nos Estados Unidos, Bélgica, Brasil, Colômbia, França, Alemanha, Filipinas, África do Sul, Espanha e Reino Unido.
“Uma injeção extra aplicada dois meses após a primeira aumentou os níveis de anticorpos quatro a seis vezes mais do que os observados após a injeção única”, afirma o comunicado. Já um reforço administrado seis meses após a primeira injeção inicialmente aumentou os níveis de anticorpos nove vezes e continuou a subir para 12 vezes quatro semanas após a segunda injeção.