Itáu BBA baixa classificação de BTG e corta preço-alvo

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São Paulo – O Itaú BBA rebaixou a classificação do BTG Pactual (BPAC11) para desempenho de mercado e cortou o preço-alvo de R$ 34 para R$ 31 porque apesar da entrega estar sendo ótima e as estimativas estarem mudando pouco, o BBA contesta os múltiplos de avaliação.

“Assim, vemos melhor recompensa de risco em grandes bancos de qualidade e/ou jogadas puras em crescimento para mudanças nas taxas globais e/ou prêmio de risco Brasil. dizem os analistas, que consideram que houve queda acentuada no de crescimento das finanças.

Segundo o BBA, os bancos alcançaram o ROE de 20% do BTG, exatamente por meio do banco de atacado comparável aos primeiros. A exposição de lucros do BTG também tem sido mais dependente de capital (crédito, ganhos de juros, vendas e negociação), o que aproxima a discussão múltipla dos grandes bancos. Além disso, na estimativa dos analistas, o banco ofereceu crescimento de lucro relativamente maior em 2022, mas isso não deve se repetir em 2023 – a estimativa é de expansão de 12% para R$ 8,9 bilhões.

“Mais importante, o crescimento mais agressivo da carteira de crédito (36% na base anual) não apresentou a mesma acumulação de NIM (post cost of risk) que os pares, à frente do que deve ser um ano mais difícil no crédito corporativo. As participações adicionais no Banco Pan têm sido diluídas e acrescentam ainda mais crédito à sua equação”, diz o BBA.

“Admiramos os avanços do BTG em gestão de ativos e patrimônio. No entanto, esses 20% dos lucros já são negociados a um forte valor implícito de 25x P/L, mesmo que os 80% restantes sejam mais comparáveis a bancos grandes em 6,5x.” Para eles, os ganhos com juros devem cair quando a taxa Selic cair. Portanto, as revisões deste ano não estão se espalhando muito para os próximos anos, nas projeções dos analistas.

“Na verdade, estamos reduzindo o lucro líquido de 2023E em -1%, para R$ 8,9 bilhões (19% ROE), reduzindo os resultados de empréstimos corporativos e PMEs em -5% para uma provisão conservadora para pior qualidade de crédito corporativo”, diz o BBA.