IPCA-15 sobe 0,31% em janeiro ante dezembro; projeção era de +0,46%

164
Foto: Licia Rubinstein / Agência IBGE

São Paulo, 26 de janeiro de 2024 – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,31% em janeiro na comparação com dezembro, recuando 0,9 p.p com relação ao número apurado no período anterior (+0,40%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no acumulado dos últimos 12 meses, até janeiro, a alta foi de 4,47%, abaixo do número anterior, de 4,72%.

 

Tanto o resultado mensal quanto o acumulado de 12 meses ficaram abaixo das projeções de +0,46% e +4,62%, respectivamente, medidas pelo Termômetro CMA.

 

Entre os nove grupos pesquisados, sete registraram alta em janeiro. A maior variação (1,53%) e o maior impacto (0,32 p.p.) vieram de Alimentação e Bebidas. A alimentação no domicílio subiu 2,04% em janeiro com destaque para o aumento da batata-inglesa (25,95%), do tomate (11,19%), do arroz (5,85%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,94%). Já a alimentação fora do domicílio (0,24%) desacelerou em relação ao mês de dezembro (0,53%). Tanto a refeição (0,32%) quanto o lanche (0,16%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,46% e 0,50%, respectivamente).

 

Por outro lado, o grupo Transportes registrou queda em janeiro, com variação de -1,13% e impacto de -0,24 p.p no índice geral. A passagem aérea, com queda de 15,24%, registrou o maior impacto individual negativo do mês (-0,16 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,63%), houve recuo nos preços do etanol (-2,23%), do óleo diesel (-1,72%) e da gasolina (-0,43%), enquanto o gás veicular (2,34%) registrou alta. O subitem táxi apresentou alta de 0,69% devido aos reajustes, a partir de 1º de janeiro, de 4,21% no Rio de Janeiro (1,97%) e de 4,61% em Salvador (2,18%).

 

Em Saúde e cuidados pessoais (0,56%), o resultado foi influenciado pelo plano de saúde (0,77%) e pelos itens de higiene pessoal (0,58%). Destacam-se as altas de desodorante (1,57%), do produto para pele (1,13%) e do perfume (0,65%).

 

No grupo Habitação (0,33%), o resultado da energia elétrica residencial (-0,14%) foi influenciado pela incorporação de alterações nas alíquotas de ICMS em Recife (1,56%), Fortaleza (-0,18%) e Salvador (-3,89%), a partir de 1º de janeiro, bem como pela apropriação residual do reajuste de -1,41% nas tarifas de uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,32%), a partir de 22 de novembro.

 

Dylan Della Pasqua / Agência CMA

 

Copyright 2024 – Grupo CMA