Indústria chinesa perde tração em janeiro, aponta PMI

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São Paulo, 1 de fevereiro de 2021 – O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da China caiu para 51,3 pontos em janeiro, após os 51,9 pontos de dezembro, segundo dados divulgados pelo departamento oficial de estatísticas do país. Leituras acima de 50 pontos sugerem expansão da atividade, enquanto valores menores apontam contração.

O subíndice que mede apenas a produção das indústrias caiu de 54,4 pontos para 53,7 pontos, enquanto o componente de novos pedidos recuou de 53,6 pontos para 52,3 pontos.

Já o índice PMI sobre a atividade do setor de serviços da China caiu para 52,4 pontos em janeiro, ante 55,7 pontos em dezembro, segundo dados divulgados pelo departamento de estatísticas do país. O componente de novos pedidos caiu de 51,9 para 48,7 pontos, enquanto o subíndice de confiança recuou de 60,6 para 55,1 pontos, e segue indicando expansão.

Por sua vez, os dados divulgados pelo instituto IHS Markit em parceria com o grupo de mídia Caixin mostraram que o índice PMI da indústria chinesa caiu a 51,5 pontos em janeiro, menor crescimento em sete meses, após registrar 53,0 pontos em dezembro.

Trata-se da menor leitura desde junho, apesar de marcar o nono mês consecutivo de expansão. Isso indica a recuperação pós-pandemia continuou, mas viu uma desaceleração marginal, diz a pesquisa do Caixin/Markit.

Tanto a oferta quanto a demanda continuaram a se expandir, mas em muito ritmo mais lento. O subíndice de produção de janeiro foi o menor em nove meses, e o total de novos pedidos foi o menor em sete meses.

“As empresas pesquisadas disseram que embora o mercado a demanda continuou forte, foi impactada pelo ressurgimento da pandemia doméstica”, de acordo com o economista sênior do Caixin Insight Group, Wang Zhe.

A pandemia global também suprimiu a demanda externa. O medidor para novos pedidos de exportação mergulhou em território negativo e atingiu o nível mais baixo desde junho. Já o subíndice de emprego caiu ainda mais em território contracionista.

O medidor para expectativas de produção futura foi o mais baixo desde maio do ano passado, embora tenha permanecido em território positivo, mostrando que as empresas do setor ainda se preocupam com a sustentabilidade da recuperação econômica. Além disso, o enfraquecimento do mercado de trabalho e o forte aumento da pressão inflacionária não devem ser ignorados, disse Wang Zhe.