IBOVESPA: Caos nos EUA custa recorde à bolsa brasileira

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Mercado Gráfico Percentual
Foto: Svilen Milev / freeimages.com

O Ibovespa entrou na última hora da sessão de hoje prestes a estabelecer um novo recorde de fechamento, mas cedeu os ganhos nos minutos finais da sessão, afetado pelo caos instalado por apoiadores do presidente Donald Trump na região do Capitólio norte-americano, interrompendo a sessão na qual o Congresso deveria certificar a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro.

O Ibovespa iniciou a sessão precisando de uma alta de apenas 0,13% para superar a marca de 119.527,63 pontos registrada no fechamento de 23 de janeiro do ano passado. Depois de atingir 120.924,32 pontos na máxima intraday, entretanto, o principal índice da B3 não conseguiu manter-se em alta e encerrou o dia em queda de 0,23% aos 119.100,08 pontos.

O dólar comercial fechou em alta de 0,77% no mercado à vista, cotado a R$ 5,3050 para venda – no maior valor de fechamento desde 30 de novembro -, em sessão de forte volatilidade, em movimento local de proteção em meio aos ruídos em torno do cenário fiscal, enquanto nos EUA, além do resultado da eleição do Senado, o mercado monitora os protestos a favor do presidente Donald Trump que culminou em um lockdown no prédio do Congresso norte-americano.

No meio da tarde, policiais e manifestantes armados entraram em conflito na frente do edifício do Capitólio, onde fica o Senado e a Câmara dos Deputados norte-americanos, enquanto um grupo de pessoas a favor do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, invadiram o Congresso. Haveria uma sessão para certificar a eleição do candidato democrata Joe Biden como presidente do país.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) encerraram a sessão em alta firme, mantendo a trajetória exibida desde o início da sessão, com os investidores recompondo prêmios, em meio aos riscos locais agravados pela pandemia no Brasil. O aumento acelerado de casos de coronavírus e a ausência da campanha de vacinação contra covid-19 atrasam a retomada econômica e elevam a pressão pela extensão do auxílio emergencial aos mais vulneráveis, às vésperas da eleição no Congresso Nacional. A vitória democrata no Senado dos Estados Unidos também pressionou os negócios locais, após tumulto no Capitólio.