Hungria manterá veto ao orçamento da UE por exigências democráticas

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São Paulo – A Hungria manterá seu veto ao orçamento da União Europeia (UE), que cobre os próximos sete anos, porque a proposta vincula os pagamentos a padrões democráticos, disse Gergely Gulyas, chefe de gabinete do primeiro-ministro do país, Viktor Orban.

No dia 16 deste mês, a Polônia e a Hungria vetaram o orçamento plurianual da UE, bem como o pacote de recuperação de 750 bilhões de euros, discordando da cláusula que vincula a disponibilidade de dinheiro ao Estado de Direito e ao respeito pelos padrões democráticos em países destinatários. Ambos os países estão sob o processo formal da UE por questões de independência judicial.

Em coletiva de imprensa mais cedo, Gulyas afirmou que Orban deve se encontrar ainda hoje com o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, para apresentar uma posição escrita conjunta sobre o veto da Hungria e da Polônia ao orçamento e um fundo de recuperação da UE.

A decisão de veto da Polônia e da Hungria deve atrasar a liberação de bilhões de euros em fundos em um momento no qual a UE enfrenta uma segunda onda de covid-19.

No final da semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que acreditava que era possível chegar a um entendimento com a Polônia e a Hungria sobre o Estado de Direito que levasse à liberação do orçamento de sete anos da União Europeia.