Haddad diz que Petrobras deve reduzir preço dos combustíveis em julho

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Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

São Paulo – Em audiência pública na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a Petrobras deve voltar a cortar o preço dos combustíveis para compensar o aumento dos tributos federais previstos para julho.

“Com o aumento [de tributos] previsto para 1o de julho, vai ser absorvido pela queda do preço deixada para esse dia. Nós não baixamos tudo o que podíamos. Justamente esperando o 1 de julho, quando acaba o imposto de exportação e acaba o ciclo de reoneração”, declarou o ministro da Fazenda, na reunião conjunta nas comissões de Desenvolvimento Econômico; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados.

Haddad também sinalizou que o mesmo procedimento deve ser feito com o diesel, cuja desoneração vale até o fim desse ano.

Em fevereiro, o governo anunciou que voltaria a cobrar impostos federais sobre gasolina e álcool a partir de março. Feita de forma parcial, a volta da tributação seria compensada por um imposto sobre exportação de óleo cru, válido por quatro meses. Ao final desse período, no início de julho, o governo precisa decidir se vai promover nova rodada de elevação dos tributos sobre gasolina e álcool ou se encontrará uma fonte compensatória para a arrecadação.

Já a desoneração sobre o óleo diesel e gás de cozinha valerá até o final deste ano.

Na avaliação do ministro, o país precisa aproveitar o momento em que o petróleo e o dólar caíram e o governo volta a tributar os combustíveis para manter impactos positivos na bomba. Segundo Haddad, a redução prevista para julho, na gasolina e no álcool pela Petrobras, estaria em linha com os preços internacionais.

“A Petrobras deixou claro que obviamente vai olhar o preço internacional. Não tem como escapar disso porque ela importa. Ela pode, em uma situação mais favorável como agora em que o preço do petróleo caiu, mas que o preço do dólar caiu, combinar os dois fatores e reonerar sem impacto na bomba”, declarou Haddad.

No caso do diesel, ministro disse que haverá “gordura para computar a reoneração”.