Federal Reserve mantém juros e anuncia redução de compra de ativos

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell / Foto: Fed

São Paulo – O Federal Reserve (Fed, o banco central norte- americano) manteve a taxa básica de juros dos Estados Unidos na faixa entre zero e 0,25% ao ano e anunciou um plano para reduzir seu programa de compra de ativos, iniciando formalmente o chamado tapering.

“À luz do progresso substancial que a economia fez em direção às metas do Comitê desde dezembro passado, o Comitê decidiu começar a reduzir o ritmo mensal de suas compras de ativos líquidos em US$ 10 bilhões para títulos do Tesouro e US$ 5 bilhões para títulos lastreados em hipotecas de agências”, diz o Fed, em comunicado.

“A partir do final deste mês, o Comitê aumentará suas posses de títulos do Tesouro em pelo menos US$ 70 bilhões por mês e de títulos garantidos por hipotecas de agências em pelo menos US$ 35 bilhões por mês. A partir de dezembro, o Comitê aumentará suas participações em títulos do Tesouro em pelo menos US$ 60 bilhões por mês e em títulos lastreados em hipotecas de agências em pelo menos US$ 30 bilhões por mês”.

Segundo o Comitê, reduções semelhantes no ritmo de compras devem ser apropriadas a cada mês, e o Fed mas está preparado para ajustar o ritmo se necessário devido a mudanças nas perspectivas econômicas. O banco reiterou que as compras continuarão promovendo o funcionamento regular do mercado e condições financeiras acomodatícias, apoiando o fluxo de crédito para famílias e empresas.

O Fed destacou que “a inflação está elevada, refletindo em grande parte fatores que se espera sejam transitórios”, e que “desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia e à reabertura da economia contribuíam para aumentos consideráveis de preços em alguns setores”.

O banco reiterou que a trajetória da economia continua a depender do rumo do novo coronavírus, e que progressos na vacinação e uma redução das restrições de oferta devem apoiar ganhos contínuos da atividade econômica e do emprego, bem como a redução da inflação. “Os riscos às perspectivas econômicas permanecem”.