Estrangeiros aportam R$ 455,2 milhões na B3 em 14 de julho

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São Paulo – Os investidores estrangeiros aportaram R$ 455,2 milhões em recursos no segmento secundário da B3 (ações já listadas) na sexta-feira (14/7). Já o investidor institucional sacou R$ 1,12 bilhão e o investidor individual aportou R$ 593,3 milhões no mesmo dia. Nesta data, o Ibovespa fechou em queda de 1,30%.

Com isso, os investidores estrangeiros registram superávit de R$ 1,84 bilhão em julho e de R$ 18,86 bilhões em 2023. Já o investidor institucional passou a registrar déficit mensal de R$ 3,63 bilhões, e o déficit anual totaliza R$ 29,85 bilhões. O investidor individual, por sua vez, alcança superávit de R$ 1,19 bilhão no mês e de R$ 3,17 bilhões no ano.

As informações foram divulgadas pela Ativa Investimentos, com dados da B3.

“Seguimos com uma visão positiva de fluxo estrangeiro para a bolsa”, comentou a Ativa, citando como catalisadores para a avaliação a proximidade do ciclo de corte de juros, o cenário internacional que mostra a maioria dos bancos centrais ainda na parte do ciclo monetário de aumentar os juros, o que deixa o Brasil, neste momento, com uma foto melhor que os outros mercados.

FLUXO DE CAPITAL ESTRANGEIRO É O MAIOR DO ANO EM JUNHO

Na semana passada, a B3 informou que o fluxo mensal de capital estrangeiro em junho havia sido o mais forte em 2023, com um fluxo positivo de R$ 13,5 bilhões de capital estrangeiro no mês passado para ações brasileiras. No acumulado do ano, o saldo estava positivo em R$ 21,3 bilhões, porém, bem abaixo do fluxo visto em 2022.

No mês passado, os ativos brasileiros tiveram forte rali, com melhora no cenário macro doméstico. O cenário tem se tornado mais positivo no Brasil com melhores perspectivas econômicas redução do risco fiscal; e expectativas de um corte na taxa Selic em breve.

“Se o cenário continuar a melhorar, vemos potencial para um fluxo positivo mais forte de capital estrangeiro na segunda metade de 2023, dando suporte pra Bolsa”, comentam Fernando Ferreira, estrategista chefe e head do Research da XP e Jennie Li, estrategista de ações da XP, em relatório sobre os dados da B3 em junho.

Em junho, os investidores domésticos voltaram a serem vendedores. No mês passado, foi observado maior fluxo negativo mensal do ano de investidores institucionais locais, negativo em R$ 9,6 bilhões. A B3 informou que os principais investidores na bolsa foram os investidores estrangeiros (53,7%), instituições (28,4%) e pessoas físicas (13,8%). Juntos, eles representam 95,9% dos participantes do mercado.

Em junho, a captação em fundos foi negativa. Fundos de ações tiveram o menor fluxo negativo mensal quando comparado aos fundos de renda fixa e multimercado, em -R$ 6,1 bilhões. Os fundos multimercado tiveram uma captação de -R$ 9,5 bilhões. Já os fundos de renda fixa tiveram a captação mais negativa dentre os três, em -R$ 41 bilhões.

Segundo a XP, os dados iniciais de julho têm sido mais positivos. “Quanto aos investidores PFs, continuamos a ver saída, mas no início de julho, a tendência tem sido mais otimista. Vemos um potencial retorno desses fluxos depois das pesquisas que fizemos com clientes mostrando uma melhora no sentimento pra tomada de risco”, comentaram os analistas da XP.