Eneva tem lucro de R$ 489,4 milhões no 4° trimestre de 2021

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São Paulo – A Eneva registrou lucro líquido de R$ 489,4 milhões no quarto trimestre de 2021, recuo de 28,7% na comparação com o mesmo período de 2020. No ano, o crescimento foi de 16,4% em comparação a 2020, chegando a R$ 1,17 bilhão.
No balanço divulgado na noite de ontem, e empresa disse que “a redução foi decorrente do aumento da despesa financeira líquida no período e da constituição extraordinária de ativo fiscal diferido ocorrida no quarto trimestre de 2020 que não se repetiu em 2021, levando a um aumento nas despesas com impostos no quarto trimestre de 2021”.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 39% no último trimestre do ano passado, totalizando R$ 842,5 milhões, representando, segundo a Eneva, o maior Ebitda trimestral da história da companhia.
“O aumento foi impulsionado principalmente pela alta expressiva dos CVUs das usinas a carvão e da UTE Parnaíba I, pela ampliação das margens fixas das usinas e pela reversão de impairment realizada em Itaqui”, detalha o balanço.
Já a margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 51,1% no período, alta de 0,9 p.p. frente a margem registrada no quarto trimestre de 2020.
A receita líquida somou R$ 1,682 bilhão entre outubro e dezembro do ano passado, alta de 37,5% na comparação com igual etapa de 2020. As despesas operacionais somaram R$ 158,2 milhões no último trimestre do ano passado, uma elevação de 12,6% em relação ao mesmo trimestre de 2020.
O resultado financeiro líquido foi negativo de R$ 152,2 milhões no quarto trimestre de 2021, um aumento de 105% sobre as perdas financeiras do quarto trimestre de 2020. A variação negativa no período foi decorrente, principalmente, pelo aumento de R$ 31,7 milhões nas despesas com juros sobre debêntures, pelo impacto de variação cambial negativo de R$ 64,8 milhões no quarto trimestre de 2021 decorrente da desvalorização do real frente ao dólar e valor negativo de R$ 39,9 milhões na linha perdas com derivativos, relativo à reclassificação da posição MtM dos contratos futuros de comercialização
de energia em 2021.
A dívida líquida da companhia ficou em R$ 6,2 bilhões no final de dezembro de 2021, crescimento de 18,8% em relação ao mesmo período de 2020. A alavancagem, medida pela dívida líquida/EBITDA,atingiu seu nível máximo de 3,4x no 2T21 e começou a recuar, atingindo 2,8x no final do quatro trimestre de 2021.
Os investimentos somaram R$ 388,3 milhões no quarto trimestre de 2021, um recuo de 38,4% sobre o montante investido no quarto trimestre de 2020. Deste montante, 39% foi destinado à implementação do projeto integrado Azulão-Jaguatirica e da UTE Parnaíba VI.
Por fim, a companhia reafirma que a evolução do portfólio é um dos seus princípios centrais da estrutura de alocação de capital. “O primeiro passo é identificar as características financeiras (crescimento, geração de caixa e opcionalidadede M&A transformacional) e o fit estratégico que desejamos para o portfólio agregado. Cada alvo de aquisição é considerado em termos de sua capacidade de atender a esses critérios. Essas considerações, juntamente com o valuation, são as principais forças motrizes da evolução do nosso portfólio”, destacou o balanço.