Eletrobras trabalha para manter privatização em 2020, diz presidente

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Foto Divulgação/ Eletrobras

São Paulo – A Eletrobras está otimista de que o projeto de privatização seja retomado no segundo semestre do ano, tão logo os esforços se cessem em torno do coronavírus, uma vez que antes da pandemia do coronavírus o processo já estava sendo tratado no Senado.

“Ainda se trabalha para manter no final do ano. Isso estimula a atração de capital para todo mundo. Ela (privatização) vai permitir a empresa a investir mais. E, de outro lado, a venda das ações remanescente vai permitir uma coisa como a BR Distribuidora. Ela valoriza o estoque, os múltiplos seriam bem maiores. Estou bastante otimista com esse processo”, disse o presidente da companhia, Wilson Ferreira Junior, durante participação numa live da Genial Investimentos.

O valor da privatização depende de avaliação a ser feita pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) porque depende da outorga a ser paga pela descotização das usinas prorrogadas pela lei 12.783/2013, o que ainda não ocorreu.

No entanto, o executivo ressaltou que o valor de capitalização deve ficar entre R$ 12 bilhões a 15 bilhões. “A União seria diluída porque não acompanharia a capitalização”.

Ferreira explicou ainda que o desafio do processo de privatização é a capacidade de investimento da companhia. “A empresa não tem capacidade de gerar caixa por conta das cotas (regime de cotas de Itaipu), ela vende energia por baixo custo. O tempo passou e foi ruim para a Eletrobras e pior para os consumidores”.