Eleição de dois membros recusados por Comitê de Elegibilidade é negativo para a Petrobras

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Foto: Divulgação/Petrobras

São Paulo – Os acionistas da Petrobras elegeram na última sexta-feira (19) Gileno Gurjão Barreto para a presidência do conselho de administração da companhia, em substituição de Márcio Weber, na Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Também foram eleitos outros membros indicados pelo governo e pelos acionistas minoritários para membros do colegiado, que tem ao todo 11 integrantes.

Foram eleitos Caio Mário Paes de Andrade (presidente), Edison Antonio Costa Britto Garcia, Gileno Gurjão Barreto, Iêda Aparecida de Moura Cagni, Jônathas Assunção Salvador Nery de Castro, José João Abdalla Filho, Marcelo Gasparino da Silva e Ricardo Soriano de Alencar.

Segundo a Comissão de Elegibilidade da estatal (Celeg), Castro e Alencar (ambos indicados pelo governo) não atendem aos requisitos da Lei das Estatais por conflito de interesse com os cargos que ocupam atualmente.

Para a Ativa Investimentos, a movimento foi negativo do ponto de vista da governança corporativa para Petrobras, tendo motivado uma queda de suas ações maior que a dos pares no pregão da última sexta feira. Hoje, às 11h55, as ações da companhia caíam, mas passaram a subir à tarde. Às 15h23 (horário de Brasília), as preferenciais PETR4 tinham alta de 1,76%, a R$ 32,29, e as ordinárias PETR3 avançavam 1,41%, a R$ 35,82.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Anapetro (associação que representa os acionistas minoritários da Petrobrás), disseram que a aprovação de Alencar e Castro é um desrespeito à Lei das Estatais e que irão entrar com ação na Justiça Federal para anular a assembleia.

A Petrobras anunciou no último dia 15 o corte de 4,8% no preço da gasolina em suas refinarias. Foi a terceira redução em menos de um mês, acompanhando a queda das cotações internacionais do petróleo. Três dias antes, a estatal já tinha anunciado a redução do preço do diesel, que recuo de 4,07%, depois de outra queda, de 3,57%, uma semana antes.