Desemprego cai no trimestre até outubro, mas segue alto

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São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,6% no trimestre entre agosto e outubro, ficando ligeiramente abaixo ante o trimestre imediatamente anterior (11,8%), referente ao período entre maio e julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou em linha com a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA, de 11,6%. Na comparação com o mesmo período anterior, referente aos meses de agosto a outubro do ano passado, quando estava em 11,7%, houve estabilidade, segundo o IBGE.

Ao fim de outubro, a população desocupada somava 12,4 milhões de pessoas, praticamente estável em relação ao trimestre anterior – de maio a julho deste ano – e no confronto com igual trimestre de 2018. Enquanto a população ocupada, por sua vez, somou 94,1 milhões no trimestre móvel, número recorde na série histórica, com altas de 0,5% em relação ao trimestre anterior (mais 470 mil pessoas) e de 1,6% frente a igual período do ano passado (mais 1,4 milhão de pessoas).

Segundo o IBGE, a população fora da força de trabalho chegou a 64,9 milhões, estável em relação as duas bases de comparação. Já a taxa de subutilização da força de trabalho ficou em 23,8%, queda de 0,8pp frente ao trimestre encerrado em julho, porém, estável ante o mesmo período do ano passado. De acordo com o IBGE, a população subutilizada somou 27,1 milhões, baixa de 3,5% (menos 972 mil pessoas) em relação ao período imediatamente anterior, enquanto ficou estável na comparação com o trimestre entre maio e julho de 2018.

O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (exceto trabalhadores domésticos) foi de 33,2 milhões de pessoas, estável nas duas bases de comparação. Já o número de trabalhadores sem carteira assinada ficou em 11,9 milhões de pessoas, novamente no maior resultado da série histórica iniciada em 2012, estável ante o período anterior e de 2,4% (mais 280 mil trabalhadores) frente ao mesmo trimestre do ano passado.

Já o total de trabalhadores por conta própria totalizou 24,4 milhões, renovando o recorde na série histórica, sem oscilações frente ao trimestre móvel anterior, porém, subiu 3,9% (mais 913 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2018.

Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.317 no período entre agosto e outubro deste ano, estável nas duas bases de comparação. Por sua vez, a massa de rendimento médio real habitual dos ocupados nos últimos três meses até outubro foi estimada em R$ 212,8 bilhões, altas de 1,8% ante trimestre anterior e de 2,6% em comparação com o mesmo período de 2018.

Flávya Pereira / Agência CMA