CSN reverte lucro e tem prejuízo 1° trimestre de 2023

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Divulgação/CSN

São Paulo, SP – A CSN divulgou ontem o balanço do primeiro trimestre de 2023, com prejuízo líquido de R$ 823 milhões, revertendo lucro líquido de R$ 1,36 bilhão alcançado no primeiro trimestre de 2022.

O resultado é reflexo de impactos não recorrentes, como o hedge de minério e o hedge accounting de câmbio, sem impacto de caixa. “É importante ressaltar também que o efeito do hedge de minério é apenas transitório, uma vez que a forte queda do Platts após o final do primeiro trimestre deste ano deve trazer um impacto positivo para a posição em aberto, de forma a compensar majoritariamente o impacto que a companhia teve no primeiro trimestre”, salientou o comunicado da CSN.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 3,20 bilhões, queda de 32% em comparação ao mesmo período do ano
passado.

A companhia disse que esse aumento de rentabilidade é consequência direta da melhora dos resultados de mineração que mesmo com um menor volume de vendas, acabou por apresentar um Ebitda maior em razão dos preços realizados, compensando a dinâmica mais fraca observada nos segmentos siderúrgico e cimentícios.

A margem Ebitda ajustada foi de 27,5%, acima dos 27,1% alcançado no último trimestre de 2022, mas inferior aos 39,1% registrados no primeiro trimestre do ano passado.

A receita líquida foi de R$ 11,3 bilhões, queda de 4% na comparação com mesmo período do ano passado, e alta de 1,7% em relação ao quarto trimestre de 2022.

Segundo o comunicado da companhia, esse desempenho é resultado dos melhores preços realizados no setor de mineração, em linha com a alta do Platts e com a sólida atividade comercial observada no período. “Esses fatores acabaram por compensar a dinâmica mais fraca observada no mercado siderúrgico doméstico nesse início de ano e a menor rentabilidade no segmento de cimentos”, destacou a CSN.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,19 bilhão, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, como consequência da manutenção do custo da dívida e menor impacto das ações da Usiminas.

As despesas com vendas, gerais e administrativas totalizaram R$ 1,02 bilhão, 16% inferior ao registrado no último trimestre de 2022, como consequência do menor volume comercializado na mineração, gerando uma menor despesa com fretes, além do maior controle orçamentário realizado pela companhia.

A dívida líquida ajustada da companhia era de R$ 30,158 bilhões, com o indicador de alavancagem medido pela relação Dívida Líquida/EBITDA LTM alcançando 2,5x. Esse aumento temporário da alavancagem é consequência da saída da base de cálculo dos fortes resultados do início de 2022 em razão dos efeitos da guerra na Ucrânia.

“No entanto, quando se observa as perspectivas de resultados e geração de caixa para 2023, inclusive com a normalização das condições do capital de giro, é esperado uma redução gradual da alavancagem para dentro da meta estabelecida pela companhia, o que reforça o efeito transitório e excepcional dessa alavancagem acima do teto. Adicionalmente, a CSN manteve a sua política de carregar um caixa elevado, que neste trimestre atingiu o patamar de R$ 14,3 bilhões”, detalhou a siderúrgica.