Consórcios Aeroportos Paulista e Voa NW e Voa SE arrematam leilão da Artesp

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São Paulo – Os consórcios Aeroportos Paulista e Voa NW Voa SE arremataram os dois blocos da concorrência internacional para a concessão de aeroportos, por 30 anos, promovido pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), do governo do estadual. Os lances, de R$ 7,6 milhões e R$ 14,7 milhões, pelos blocos Noroeste e Sudeste, respectivamente, tiveram ágio médio de 11%.

O bloco Noroeste foi arrematado pelo consórcio Aeroportos Paulista, único proponente, por R$ 7,6 milhões, representando um ágio de 11,14% em relação à outorga mínima de R$ 6,8 milhões, e contempla os complexos de São José do Rio Preto, Presidente Prudente, Araçatuba, Barretos, Andradina, Assis, Dracena, Votuporanga, Tupã, Presidente Epitácio e Penápolis. O grupo deve receber R$ 181,2 milhões nos 30 anos de operação pela iniciativa privada.

“A concessão contempla muitos investimentos e novos interesses de companhias aéreas. Temos 26 aeroportos e queremos mais destinos e gerar emprego e renda na região”, disse o executivo da Socicam, que integra o consórcio Aeroportos Paulista.

Por lance de R$ 15 milhões e ágio de 11,5% em relação ao valor mínimo de R$ 13,2 milhões, o consórcio Voa NW Voa SE levou a concessão dos complexos localizados da região Sudeste do estado, que inclui as pistas de Ribeirão Preto, Sorocaba, Araraquara, Avaré, Bauru-Arealva, Franca, Guaratinguetá, Marília, São Carlos, Registro e São Manuel. Este grupo prevê investimentos de R$ 266,5 milhões.

O consórcio Voa NW Voa SE disse que irá estrear no segmento de aviação comercial e que analisará a viabilidade de realizar voos internacionais a partir do aeroporto de Ribeirão Preto. “Temos 16 aeroportos e queremos expandir para outros estados”, disse o executivo do consórcio, na coletiva de imprensa do leilão.

O investimento total previsto por 30 anos de concessão dos 22 complexos aeroportuários é de R$ 447,7 milhões, sendo R$ 137,8 milhões nos quatro primeiros anos de contrato. Os demais investimentos na modernização e ampliação da infraestrutura estão previstos ao longo do período contratual.

A concessão à gestão da iniciativa privada prevê a prestação dos serviços públicos de operação, manutenção, exploração e ampliação da infraestrutura aeroportuária estadual, que até então, estava sob gestão e operação do Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo), que será extinto, segundo a Artesp, que passa a ser agência reguladora do contrato de concessão.