EUA e Alemanha assinam compromisso para enfrentar China

434
O presidente norte-americano, Joe Bide, reunido com a chanceler alemã, Angela Merkel, durante a Cúpula do G-7 na Inglaterra / Foto: Casa Branca

São Paulo  – Estados Unidos e Alemanha firmaram um compromisso para reforçar princípios democráticos ao redor do mundo em mais um sinal de enfrentamento da China. O documento foi assinado durante visita da chanceler alemã, Angela Merkel, à Casa Branca.

“Estados Unidos e Alemanha defendem os mesmos princípios democráticos. Temos a responsabilidade de liderar nossos valores no mundo. O documento assinado hoje reafirma nosso compromisso com princípios democráticos e vamos aplicá-los para enfrentar desafios de hoje e do amanhã”, afirmou o presidente norte-americano, Joe Biden, em coletiva de imprensa.

Segundo ele, Washington e Berlim estão alinhados em várias frentes, incluindo desafios apresentados pela China, as ameaças na região dos Balcãs e a soberania e independência da Ucrânia, além de questões como mudanças climáticas e combate à pandemia de covid-19 e ao terrorismo.

Merkel, por sua vez, defendeu que Estados Unidos e Alemanha devem trabalhar juntos em desafios globais, mas reconheceu que algumas de suas visões são divergentes daquelas de Biden.

“Nem sempre concordamos em tudo, mas na maioria das questões e nas mais importantes, estamos alinhados. Temos algumas visões um pouco diferentes sobre a China, embora, em linhas gerais, a gente concorde em muita coisa. Também concordamos em garantir a soberania da Ucrânia, com questões de combate às mudanças climáticas e endossamos a ideia dos Estados Unidos para desenvolver uma infraestrutura global”, afirmou.

Sobre a China especificamente, a chanceler alemã afirmou que o país é um grande competidor global, mas que precisa jogar sob regras justas e internacionais.

“Entendo o desejo da China de querer a liderança global, mas Estados Unidos e Alemanha têm mais condições para isso. Na frente tecnológica, Berlim e Washington têm condições de trabalhar juntos e oferecer o que há de mais moderno ao mundo”, disse ela, acrescentando que a China precisa se engajar em questões de segurança cibernética.